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Colecionadores expõem cédulas na Casa da Cultura

Foto: Mariana Noronha/Clicatribuna

Foto: Mariana Noronha/Clicatribuna

Dinheiro e moedas de até 500 anos atrás, e mais de três mil cédulas são parte das coleções que foram expostas na Casa da Cultura Neusa Nunes Vieira, durante a programação da Feira do Livro de Criciúma. Pelo menos 15 colecionadores passaram pelo local para adquirir ou trocar as “figurinhas” com os colegas.

O encontro foi ministrado pelo artista visual Fagner Máximo da Silveira, colecionador há 20 anos. Ele é responsável pela exposição de cédulas do local, e também um dos parceiros do Museu Augusto Casagrande.

Da épora do Império

Pelo menos, duas mil notas que contam toda evolução da moeda brasileira, e algumas de outros países, fazem parte da coleção dele. Além de ter também um acervo de duas mil moedas. “Tenho moedas da época do Império, do descobrimento do Brasil até hoje”.

O aposentado Idegar de Souza Corrêa, de 72 anos, mesmo tendo mais de 400 cédulas, ainda não se considera um colecionador. “Eu sou muito desorganizado. Depois que comecei a frequentar os encontros que me organizei melhor. Minhas notas ficavam todas num pacote, agora a gente está organizando por datas”, conta.

A primeira cédula que ganhou foi de um mexicano, nos anos 1970. “Depois eu comecei a guardar. É interessante ser um colecionador, tem gente que paga até R$40 por uma nota de R$10”, diz.

Peças valem até R$ 3 mil

E não para por aí. Conforme o bancário e também colecionador, Antonio João Teixeira, de 51 anos, existem cédulas que podem ser compradas por até R$ 3 mil. “Uma nota atual de dois reais, por exemplo, se você paga por ela para coleção, ela custa mais do que o valor dela. Isso porque para coleção ela vem sem marca nenhuma, sem dobradura, direto da fabricação”, aponta.

Um detalhe, um novo item

Erros de impressão, uma nova assinatura, código de identificação, qualquer detalhe diferente em nota, pode se tornar um novo item. “Encontrei uma nota de R$ 100 com a cor ao contrário. E essa eu não comprei, eu troquei no banco mesmo. Outra que tenho é o casal das notas de R$ 5 e R$ 10. O código é o mesmo, e isso é muito difícil porque elas são impressas em períodos e locais diferentes”, comenta o bancário Corrêa.

Para o colecionador Silveira este é um dos melhores motivos por ser um colecionador. “Cada detalhe diferente é um novo item, esta é umas das melhores partes, muita gente tem cédulas exclusivas e muitos pagam por isso”, diz.

A próxima exposição da “Evolução da Moeda”, da coleção de Silveira, será exposta no dia 9 de novembro no mesmo local.