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Estrada do Farol: Asfalto ou paralelepípedo, nada definido

Foto: Reprodução Jornal Notisul

Foto: Reprodução Jornal Notisul

Vários caminhos na região sul do estado já foram modificados com a construção de novas vias e a pavimentação asfáltica em algumas. Mas também existem outros inúmeros pontos e moradores que esperam por obras de melhorias, como é o caso da estrada de acesso ao Farol de Santa Marta, em Laguna. 

São 2,2 quilômetros de estrada de chão batido. A pavimentação ainda não está definida. Em pleno século 21 e apesar de todo o aparato tecnológico, ainda há uma discussão se o pavimento será de paralelepípedo ou asfalto. Pode?

Patrícia Paz, engenheira civil da empresa A. Mendes, de Gravatal, responsável pelas obras no local, informa em entrevista para o jornal Notisul, que os trabalhos foram suspensos no fim de junho para que técnicos do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) definam o tipo de material.

“O contrato realizado em 2010 previa a pavimentação em paralelepípedo”, lembra Patrícia, que completa ao informar, que quando foram concluídas as obras da SC-100, em asfalto, a população posicionou-se favorável à continuação da estrada também com este material. 

“Se realmente a direção do Deinfra definir pelo  asfalto a obra levará, no máximo, 60 dias. Caso continue, em paralelepípedo, serão seis meses de trabalho, pois além de mais demorado, muitos operários são novos, não possuem experiência neste tipo de trabalho, que era muito realizado na década de 1970, e que quase não há mais utilidade”, alerta Patrícia. 

Para a engenheira, se for confirmada a aplicação de camada asfáltica, não será necessária realizar outra licitação, somente fazer a alteração do material no projeto. “A A. Mendes continua a trabalhar com mesmo valor definido em contrato, R$ 2,7 milhões, se houver aditivo, o estado repassará o reajuste à empresa, conforme é normalmente realizado”, completa Patrícia.

E a contenção das dunas?

Para Lucival José Maurício, engenheiro civil do Deinfra, responsável pelas obras na região, o estado deverá, em breve, concluir os estudos sobre a pavimentação da via. “Já está em andamento a análise do projeto que define qual material será utilizado no trecho”, conta Lucival.

Além de acertos para a retomada da obra, existe a necessidade de a construção de uma contenção de dunas na localidade, que conforme Lucival, está em análise por técnicos da Fundação do Meio Ambiente (Fatma).

“O projeto está pronto e já existe uma solução para a localidade, agora os representantes trabalham na elaboração do orçamento para que obras de limitação das dunas sejam executadas”, informa Lucival.

Para a engenheira da A. Mendes, Patrícia Paz, o projeto de contenção das areias deve ser concluído para que a empresa possa trabalhar na obra sem interrupções. “Com o vento, as areias afetam os serviços na pista, que atrapalham os operários e que não há pagamento extra para este serviço constantemente necessário”, acrescenta Patrícia.

Contrato

A empresa A. Mendes ganhou a licitação ao oferecer o investimento de R$ 2.770.115,66 para construção do trecho. No último mês de setembro ocorreu a ordem de serviço para o início das obras, que estão previstas para serem finalizadas no próximo mês de fevereiro.