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A dureza dos pescadores sem tainha no Rincão

A dureza dos pescadores sem tainha no Rincão

Foto: Arquivo / Portal Engeplus

Tainha no Rincão, só se for em foto de arquivo. O balneário vive uma verdadeira estiagem no mar, o que multiplica a preocupação das cerca de 400 famílias que vivem da pesca artesanal. “Nossa safra atual não está nem próxima das piores que tivemos nos últimos anos”, avalia o presidente da Colônia de Pescadores do Rincão, João Picolo.

Neste período de pesca liberada, no ano passado, haviam sido retiradas do mar cerca de 60 toneladas de tainha no Rincão. Neste ano, mal chegam a duas toneladas. “A temperatura da água é a principal culpada”, comenta Picolo. Ocorre que, para uma aproximação segura e freqüente dos cardumes, é necessário que a água do mar esteja com temperatura média de 14 graus nesta época. “Mas está em 22 a 24 graus. A água segue muito quente conforme as últimas medições, e com isso a tainha não se aproxima da costa para fazer a desova”, relata.

Até esta quarta-feira, somente a pesca artesanal estava liberada, para os profissionais de pequeno e médio porte que alcançam no máximo 3,5 mil metros da costa. A partir desta quinta, a liberação da pesca industrial, para 5 mil metros ou mais, poderá trazer dificuldades. “É que eles apanham as tainhas arrastando no alto mar, enquanto elas não chegam aqui”, projeta o presidente da colônia. “Mas pode também ajudar, já que alguns cardumes fogem deles e vem para a costa”, atenua.

A pesca da tainha é o ponto forte de faturamento para os pescadores do Rincão. “Isso até julho, quando então termina a safra e começa a da anchova, que vai até setembro, quando então entra a corvina, que vai até o fim de novembro”, observa Picolo. Mas a fé de quem vive do mar segue inabalável. “Estamos todo dia tentando, daqui a pouco o peixe vem”, conclui o presidente.

Com informações do Portal Engeplus

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