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Ações para desenvolver a Amurel até 2038 são apresentadas

O 1º Fórum de Desenvolvimento Regional do Programa Líder reuniu prefeitos, secretários municipais, empresários e gestores

Foto: Priscila Loch

A Amurel é uma das quatro primeiras microrregiões de Santa Catarina a implantar o Programa Líder – Liderança para o Desenvolvimento Regional, uma iniciativa do Sebrae/SC. Dezenas de metas, ações e estratégias foram listadas com o objetivo de desenvolver os 18 municípios da região de Tubarão de forma integrada até o ano de 2038 e o resultado foi apresentado na noite desta terça-feira (23).

O 1º Fórum de Desenvolvimento Regional Programa Líder Integração da Amurel reuniu prefeitos, secretários municipais, empresários e gestores com perfil de liderança e potencial de atuação junto à comunidade. Infraestrutura, Agronegócio, Turismo, Educação, Inovação e Tecnologia; além de Inovação na Gestão Pública foram os cinco eixos prioritários definidos como essenciais para atingir as propostas finais.

Foram elencados todos os pontos fortes e fracos da região a serem aproveitados e enfrentados. A existência do Porto de Imbituba e do Aeroporto Regional Sul Humberto Bortoluzzi, em Jaguaruna, a boa cobertura de fibra óptica e a diversidade de atrativos turísticos e belezas naturais, por exemplo, foram citados como fatores positivos. Já a falta de coleta e destinação adequada do lixo na maioria das cidades, a não interligação da Ferrovia Tereza Cristina com a malha nacional e a baixa capacidade de geração de receita própria pelos municípios são problemas a serem resolvidos.

“Foi feito todo o planejamento e agora formado um grupo de ignição, que vai monitorar as ações. Tem que fazer uma estrada? Que seja elaborado o projeto para buscar os recursos. A ideia é que se pense sempre de forma coletiva. E o legal é que o Líder não fica restrito ao poder público, envolve também o empresariado, a universidade e outros gestores”, destaca a analista regional Sul do Sebrae/SC e gestora local do programa, Juliana Ghizzo.

O presidente da Amurel, prefeito de Braço do Norte, Roberto Kuerten Marcelino, define o programa como um conjunto de ideias possíveis de ser colocadas em prática. “Foi um plano discutido com a sociedade civil organizada e a classe política. Sem vaidade, fomentando e valorizando a unidade, cada um com sua especialidade”, avalia.

Os cinco eixos

Para melhorar a infraestrutura, as principais metas são ampliar e modernizar o serviço de saneamento básico e destinação dos resíduos sólidos, o Aeroporto Regional Sul Humberto Bortoluzzi, em Jaguaruna, o Porto de Imbituba, a malha ferroviária e as rodovias intermunicipais, assim como incentivar a utilização de fontes alternativas de energia.

No agronegócio, a proposta é diversificar e agregar valor das culturas agropecuárias, criando mecanismos de infraestrutura para um centro de comercialização e uma plataforma de comércio eletrônico. Também é vista como fundamental a capacitação dos jovens empreendedores rurais, incentivando-os a empreenderem no campo e, consequentemente, reduzir o êxodo rural.

No turismo, a ideia é focar na identidade turística regional, por meio de um turismo estruturado e qualificado, criando uma rota integrada e consolidando o trade regional. Uma das estratégias é incentivar os investimentos em novos meios de hospedagens, com o aumento do número de leitos, e oferecer sinalização adequada.

No eixo educação, inovação e tecnologia, foi definido como prioridade dar ênfase a uma gestão integrada e compartilhada, com parcerias públicas e privadas como forma de fomentar a formação empreendedora do aluno e a formação continuada do professor, integrando ciência, tecnologia e inovação e aproximando a família e a comunidade escolar.

Na inovação na gestão pública, a prioridade é otimizar o recursos, profissionalizar os servidores e modernizar a máquina pública, gerando eficiência na gestão, a celeridade no atendimento ao cidadão e ao interesse público, e uma melhor integração entre os entes públicos e privados.

Estruturação do programa

O Programa Líder foi implantado na Amurel no fim de 2017 e oito encontros foram realizados em 2018, a fim de trabalhar o planejamento e as possíveis soluções para problemas e desafios. Foram formados grupos de trabalho, com representação dos 18 municípios da região.

Agora, a ideia é criar um colegiado, com os sistemas cadastrados, para acompanhar as ações executadas. E outros três fóruns de monitoramento serão realizados.

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