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ACOMPANHE: Júri popular de pai acusado de matar o filho em Lauro Müller

Julgamento está ocorrendo no Fórum de Lauro Müller

Atualizado às 01h01min

Luciano Dias Salvador é condenado a 10 anos, 10 meses e 20 dias de prisão pelo assassinato do próprio filho, Lucas Dias Salvador.

Atualizado às 21h29min

Às 20h25 Iniciou neste momento a votação do corpo de jurados. Em seguida será dado o veredicto e proferida a sentença, pela juíza Letícia Pavei Cachoeira.

Atualizado às 21h08min

Às 20h48 Abrindo mão da uma hora que tinha direito para fazer a treplica, o advogado de defesa usou apenas 23 minutos para fazer a sua explanação.  Disse que os laudos apresentaram provas compatíveis, porém nada foi afirmado de concreto. Falou que há muitas coisas vagas, como por exemplo, nada que prove que a alça da bolsa, mostrada pela promotora, estivesse no carro no momento do acidente. Dirigindo-se aos jurados, falou que Luciano precisa de uma oportunidade de ser tratado ao lado da família. “Deixem ele na prisão por mais alguns anos e vocês verão no que ele vai se transformar. Não é o caminho para ele”, salientou. Também falou que se fosse um crime tão cabal, o Ministério Público não se apegaria tanto a pequenos detalhes. Antes de concluir desafiou o Ministério Público que se o Luciano for condenado a toda pena que a acusação está pedindo ele rasgaria sua credencial de advogado e ainda daria seu carro de presente para a promotora. Finalizou clamando por justiça, porque o futuro do Luciano e da família está nas mãos dos jurados. Em seguida o julgamento foi suspenso pelo prazo de 15 minutos.

Atualizado às 20h41min

Às 20h25min Fim da replica da acusação e início da treplica do advogado de defesa de Luciano.

Atualizado às 20h38min

Às 20h Momentos de tensão marcaram a argumentação na replica da promotora. Ela voltou a mostrar depoimentos de que Luciano não aceitava que os pais ficassem com o pequeno Lucas. Mostrou também parte do depoimento do cunhado do réu, relatando que Luciano disse que se não ficasse com o Lucas ninguém mais ficaria. A promotora voltou a exibir as fotos do laudo cadavérico, o que acabou gerando polêmica na sessão, que teve de ser interrompida pela juíza que pediu ordem aos presentes e advertiu Luciano que se ele não se contivesse seria retirado do plenário. A promotora disse que as imagens realmente chocam, pois trata-se de um crime bárbaro. Porém, segundo ela, precisam ser mostradas para confirmar o crime. Um dos momentos que mais chamou a atenção, foi quando a promotora mostrou a alça da bolsa usada, segundo ela, para assassinar a criança.

Atualizado às 19h36min

Às 19h15min Após 37 minutos de intervalo, o julgamento de Luciano é retomado, com a Promotora de Justiça, Lara Zappelini Souza fazendo argumentações na replica a que tem direito. O tempo de explanação é de no máximo uma hora. Durante o julgamento foi apresentado um laudo que mostrava que Luciano tinha marcas de agressão no pescoço, que segundo a perícia foram feitas depois da prisão dele. A defesa alegou que ele pode ter sido agredido. A acusação apresentou imagens feitas pela perícia e salientou que ele pode ter tentado suicídio, pois o Luciano já havia tentado tirar a própria vida outras vezes, segundo relataram familiares. Diante da colocação Luciano ficou nervoso e interferiu no pronunciamento da Promotora.

Atualizado às 18h50min

Às 18h38min advogado de defesa encerrou sua argumentação pedindo que os jurados oportunizem que o Luciano seja tratado ao lado de sua família e não seja mandado de volta para o presídio, onde permaneceu durante os últimos dois anos e três meses. Questionou como o réu poderia ter matado o filho se ele passou aquela tarde, antes do acidente, brincando com o Lucas. Voltou a afirmar que existem pontos no processo que deixam dúvidas quanto ao crime de homicídio. Pediu que os jurados fossem justos com eles mesmos. Neste momento a sessão está suspensa e a juíza está reunida com a acusação e a defesa.

Atualizado às 18h36min

Às 18h30min advogado de defesa Jefferson Damin Monteiro segue com sua argumentação citando passagens bíblicas, como a travessia pelo povo Hebreu do Mar Vermelho. Disse que nem tudo o que está no processo é certo e que indícios não podem ser considerados provas cabais. Contestou a argumentação do Ministério Público que utilizou imagens do exame cadavérico da criança, segundo ele, sem necessidade, com o objetivo apenas de impressionar os jurados. Apresentou depoimentos de testemunhas que colocou em dúvida a prática de crime pelo seu cliente. Apresentou laudo do IML onde o instituto aponta que as marcas encontradas na criança, são compatíveis com estrangulamento, não comprovando de fato se houve estrangulamento, pois há apenas mera semelhança. Disse que ninguém viu nada e que muitas coisas nessa história não se encaixam, alfinetando a acusação que agiu apenas querendo de todas as formas, incriminar o réu. Disse que o Luciano precisa não é de prisão e sim de tratamento psiquiátrico. 

Atualizado às 17h30min

Às 17h15min Após um breve intervalo de dez minutos para o café, é retomado o julgamento de Luciano Dias Salvador. O advogado de defesa Jefferson Damin Monteiro iniciou sua argumentação de defesa. Durante o intervalo o advogado conversou com a imprensa e disse que haverá surpresas nesta fase do julgamento, porém não quis dar detalhes. Ele terá uma hora e meia para convencer o jurado que seu cliente não matou o filho. Depois da argumentação, acusação e defesa ainda terão direito a replica e treplica de uma hora cada.

Atualizado às 17h10min

Às 16h45min Promotora de Justiça encerrou sua argumentação de acusação. Ela disse que no período que o Luciano esteve preso ele ficou dois meses internado em um hospital psiquiátrico para avaliação do seu estado mental. Nesse período ficou constatado que ele não apresenta sintomas psicóticos. Disse que o laudo do perito aponta que ele tem transtorno de humor do tipo depressivo. Falou que diferente da alegação dele que disse ter ingerido medicamentos no dia do acidente, ficou comprovado pela perícia que o réu não fez uso de medicação naquele dia e por isso conclui que ele tinha juízo da realidade e sabia o que estava acontecendo a sua volta. Falou que o réu não necessita de internação em hospital psiquiátrico e sim de tratamento ambulatorial. Disse que lhe causa estranheza que ele lembre apenas de alguns momentos menos importantes daquele dia e que os mais relevantes não se recorde. Falou que a família o defende, principalmente o pai, e ela entende isso, pois é amor de pai e que é esse o amor que o Luciano deveria ter tido pelo filho Lucas. Pediu ao corpo de jurados que a justiça seja feita, pois não há como trazer o Lucas de volta.

Atualizado às 16h10min

Às 15h50min Promotora de Justiça segue com sua argumentação sobre o crime praticado por Luciano. Para ela o momento é difícil, especialmente para a família, porém é necessário que se esclareça o que aconteceu naquele dia. A acusação faz uma explanação rica em detalhes com relatos de médicos, profissionais do IML e outras testemunhas do caso. Um dos momentos mais fortes foi quando a Promotora de Justiça apresentou fotos feitas por profissionais do IML, retratando a causa da morte do pequeno Lucas. Segundo a acusação o Luciano teria tentado estrangular o filho com as próprias mãos e como não conseguiu, utilizou então uma alça de bolsa para tirar a vida da criança. Disse que o Lucas amava o pai e confiava nele, por isso foi passear com o Luciano naquele dia. Falou que o Luciano não admitia que outra pessoa cuidasse da criança, pois ele e a esposa perderam a guarda do filho para os avós. Disse que o Luciano tinha ciúmes do Lucas porque ele não foi tão “paparicado” pelos pais quando criança, como era o filho que estava sob a guarda dos avós. Classificou o crime como sendo bárbaro.

Atualizado às 15h35min

Às 15h18min Promotora de Justiça Lara Zappilini Souza inicia fase de argumentação, explanando ao corpo de jurados sobre as provas do crime. Ela terá uma hora e meia para defender sua tese, mesmo tempo que terá o advogado de defesa na sequencia do julgamento.

Atualizado às 15h25min

Às 15h16min encerrou o depoimento do réu Luciano. A Promotora de Justiça questionou o que ele fazia antes do acidente e ele respondeu que trabalhava como Pai de Santo, com cartas e búzios. Durante o interrogatório se recusou a responder a várias perguntas da acusação. Quando questionado de que forma Lucas morreu, Luciano disse não se lembrar de muita coisa, apenas que bateu o carro e que estava sob o efeito de medicação para depressão. Falou que gostava muito do filho e que nunca deixou faltar nada para a criança. Disse que pegou o filho naquele dia porque estava muito transtornado e queria aliviar o estresse. Ao final do depoimento disse emocionado que não queria mais voltar para o presídio. A defesa fez apenas um questionamento sobre o dia do acidente.

Atualizado às 14h55min

Às 14h30min juíza Letícia Pavei Cachoeira deu direito ao réu de permanecer calado ou confessar o crime e assim reduziria sua pena. Luciano ao ser ouvido, emocionado e chorando, afirmou que não matou ninguém e que não lembra de muita coisa sobre o dia do acidente, apenas que bateu num ônibus. Falou que apesar de não ser o pai biológico do Lucas, o amava muito. Também disse que pegou o filho naquele dia porque estava com saudades da criança. Relatou que naquele dia havia tomado alguns remédios. Em seguida passou a ser interrogado pela Promotora de Justiça, Lara Zappelini Souza.

Atualizado às 14h29min

Às 14h20min Após intervalo para almoço, a juíza Letícia Pavei Cachoeira reabre a sessão de julgamento do réu Luciano, acusado de matar o filho. Neste momento o réu está sendo interrogado. Luciano retornou para o julgamento aparentando tranquilidade. Existe uma previsão de que o julgamento dure pelo menos mais cinco horas, até que seja dado o veredito final.

Atualizado às 13h31min

Às 13h foi suspenso o julgamento pelo prazo de uma hora, para almoço. O julgamento será retomado às 14 horas, com o depoimento do réu Luciano.

Atualizado às 13h27min

Às 12h58min Defesa, acusação e jurados acordaram dispensar os depoimentos de três testemunhas de defesa: o delegado de polícia de Lauro Müller, o motorista do ônibus que se envolveu no acidente no dia em que o filho de Luciano morreu e outra irmã do réu.

Atualizado às 13h20min

Às 12h55min foi chamada para depor mais uma testemunha de defesa, desta vez, a irmã de Luciano, Andréia Dias Salvador. O depoimento foi breve, durou cerca de cinco minutos. A irmã do réu falou sobre a convivência de Luciano em família e disse que ele sempre foi depressivo, apresentando problemas psiquiátricos que as vezes ocasionavam transtornos para a família. Tanto que aos 12 anos de idade passou a ter acompanhamento psicológico. Também falou que em razão da burocracia, o irmão não está recebendo a medicação indicada, enquanto está preso.

Atualizado às 13h13min

Às 12h49min terminou o depoimento do pai do réu, Gilson Salvador, que respondeu a diversos questionamentos da Promotora de Justiça e do advogado de defesa. Durante o depoimento do pai, Luciano precisou ser retirado do plenário, pois ficou abalado e bastante emocionado.

Atualizado às 12h21min

Às 12h03min foi concluído o depoimento da primeira testemunha de acusação, delegado Ulisses Gabriel. Logo em seguida, às 12h06min, a primeira testemunha de defesa foi chamada. Trata-se do pai do réu, senhor Gilson Salvador, que discorre sobre o comportamento do réu em família e na sociedade. De acordo com ele, Luciano teve uma infância problemática e quando frequentava a escola, foi diversas vezes chamado pela direção, pois Luciano não prestava atenção nas aulas. Ele disse ainda que na adolescência, após perder um trabalho de entregador de jornal, Luciano entrou em depressão, precisando fazer tratamento até hoje.

Atualizado às 11h56min

Às 11h45min a primeira testemunha de acusação, o delegado de Polícia de Orleans, Ulisses Gabriel,  foi chamado para ser interrogado pela promotora de justiça. Delegado Ulisses fala neste momento sobre o comportamento e a convivência familiar do réu com a sua esposa e seu filho.

Atualizado às 11h42min

A sessão do júri começou oficialmente às 11h30min. De início advogado de defesa, Jefferson Damin Monteiro, voltou a pedir o adiamento do julgamento, alegando ter sido cerceado do direito de amplo acesso as provas que foram produzidas já no final do processo.

A magistrada, juíza Letícia Pavei Cachoeira, indeferiu mais uma vez o pedido. O julgamento segue.

Atualizado às 11h20min

Por volta das 10h20min desta quinta-feira (26), o réu Luciano Dias Salvador, acusado de matar o próprio filho em 2011, chegou ao Fórum de Lauro Müller para o julgamento que começou com a escolha dos jurados.

Os trabalhos estão sendo conduzidos pela juíza da Comarca de Lauro Müller, Letícia Pavei Cachoeira. Neste momento, foi concluída a escolha dos sete jurados que farão a análise dos fatos. São eles: Walton Wesller, Moacir Benincá, Janice Del Prato, Vilson Gabriel Filho, Neiva de Fátima Benedet, Luiz Geraldo Antunes e Gilberto Carrer.

Foram dispensados 16 jurados que haviam sido convocados pelo Tribunal de Justiça.

O advogado de defesa, Jefferson Damin Monteiro, promete surpresas durante o julgamento e disse que acredita que Luciano poderá ser inocentado do caso.

Representando o Ministério Público, na acusação, está a promotora de justiça, Lara Zappelini Souza.

Equipe do Portal Sul in Foco está no salão do júri e acompanha o julgamento.

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Entenda o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público, era noite do dia 21 de junho de 2011, quando o pequeno Lucas Salvador, de apenas cinco anos na época, foi morto por asfixia, segundo relatório médico.  O réu, para justificar a morte do garoto, forjou um acidente na Rodovia SC-446. Naquela noite, ele conduzia o Gol, placas LZE-9111, que bateu no ônibus, placas MWG-8799, e em seguida caiu em um barranco, ficando preso em algumas árvores. Após o acidente, a polícia foi acionada e quando chegou ao local encontrou a criança morta no banco traseiro do veículo.

De acordo com os autos do processo, a criança estava sob a guarda dos avós paternos e o crime teria sido cometido por ciúmes do pai em relação ao tratamento que o filho recebia dos avós.

A denúncia relata que o réu foi à casa de seus pais e ofereceu carona a sua mãe quando ela ia trabalhar, acompanhada do neto. A mulher rejeitou a carona, mas a criança entrou no carro. O acusado seguiu com o filho até um local afastado e o teria asfixiado com a alça de uma bolsa. Em seguida, bateu num ônibus e fez o carro cair numa ribanceira, com a pretensão de induzir as autoridades de que a criança havia morrido no acidente.

L., segue detido no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. Ele está em uma cela isolada juntamente com outros detentos rejeitados pela massa carcerária.

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