Segurança

Acusado de matar jovem içarense confessa crime em júri popular

Júri popular do réu confesso é realizado desde às 8 horas desta terça-feira

Desde às 8 horas da manhã desta terça-feira (15), é realizado, no Fórum de Içara, o julgamento com júri popular do réu confesso, de 18 anos, acusado de ter estuprado e, em seguida, ter tirado a vida da estudante Vivian Lais Philippi, de 17 anos, em março deste ano.

O jovem acusado está recluso desde abril, no Presídio Santa Augusta. Ele foi preso após confirmação do exame de DNA, realizado com material encontrado nas unhas da vítima. No julgamento de hoje, oito testemunhas serão ouvidas pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Içara, Fernando Dal Bó Martins.

Sete pessoas compõem o júri popular, e, tanto a família da vítima, como a do réu, tem dez lugares para assistir o julgamento. Conforme o Portal Engeplus, essa é a primeira vez que os pais da jovem estarão frente à frente ao acusado de ter matado Vivian.

"A Justiça tem que ser feita. Da maneira que ela foi, brutalmente, não tenho palavras. Como é que eu vou ficar na frente daquela pessoa?", disse a mãe da vítima, Anna Luiza Müller. Conforme Anna, ela e o marido irão depor e falarão de como era viver com a filha e como é viver sem ela. "É muito triste falar sobre isso. Não tem como se preparar para isso, as palavras vão ter que sair normalmente, vai sair do coração", comentou.

O reú já foi ouvido, segundo Vicente Machado, advogado de defesa do acusado. Ele confessou o homicídio, negou o estupro e pediu perdão à família. "Ele mandou uma carta para o juiz confessando e arrependido. A defesa diante da confissão dele se baseia dentro das regras que manda a lei, a quantidade de pena será a justa, o que a lei manda. Eu preparei ele para falar aquilo que ele sente e o que ele sente é o que eu vou trabalhar. E ele está arrependido", diz.

Conforme o advogado, o acusado tinha um paixão reprimida pela vítima. "Ele sente hoje um peso de ter cometido o crime e, se redimindo, no presídio, irá aliviar a alma dele. Ele tinha uma certa atração por ela, estudaram juntos, já trabalhou na casa dela. Uma atração que não era correspondida", afirma.

Família da médica Mirella presta apoio

Familiares da médica Mirella Maccarini Peruchi, 35 anos, morta em uma tentativa de assalto no bairro Michel, em abril desse ano, estiveram no local para prestar apoio à família da jovem Vivian.

"Nessas horas de tristeza e justiça, a gente está aqui dando apoio à família. Nós vivemos o mesmo drama há sete meses e essa ferida não vai se curar nunca. Mas acho que o apoio dos amigos é sempre bem-vindo", disse o pai de Mirella, Amélio Peruchi.

Para o tio da médica, estar junto é uma maneira também de reivindicar mais segurança ao Estado. "Esperamos que a justiça dê pena máxima, para, no mínimo, confortar um pouco a família. Nós sabemos que é difícil, mas é importante que a justiça faça sua parte e mostre que este país ainda tem jeito. Porque o que nós estamos vivendo hoje é uma falta de responsabilidade do governo", comentou o tio da jovem, Nilson Olivo.

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