Saúde

Adolescente de Orleans com leucemia continua em busca de doador de medula óssea

Foto: Divulgação

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Daniel Tesman Dorigon, de 13 anos, foi diagnosticado com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) em janeiro deste ano. O adolescente, morador de Orleans, vê na solidariedade de outras pessoas a chance de cura. Atualmente, ele realiza tratamento de quimioterapia, mas a busca é por um doador de medula óssea compatível.

Por isso, amigos, familiares e a população em geral tem se mobilizado com o intuito de divulgar o caso e conscientizar mais pessoas a tornarem-se doadoras voluntárias de medula óssea. Único modo de curar um paciente com leucemia, o procedimento para doação é simples e de baixo risco.

“Ele precisa de doador. Quanto mais pessoas se cadastrarem como doadores de medula óssea, melhor", afirmou a mãe de Daniel, Vanessa Figueiredo. Qualquer pessoa com boa saúde entre 18 e 55 anos poderá doar medula óssea. Ela é retirada do interior de ossos da bacia, através de punções e se recompõe em apenas 15 dias, ou através da aférese.

Hemocentro Regional de Criciúma

Doações podem ser realizadas no Hemocentro Regional de Criciúma, que fica localizado na Avenida Centenário, nº 1.700, no bairro Santa Bárbara. O telefone para contato é (48) 3444-7400. Ele fica aberto de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 18h30min. Além disso, todo segundo sábado de cada mês, o Hemosc atende das 8h às 16h.

Veja aqui o Hemocentro mais próximo.

Mais informações

De acordo com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, leucemia é um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de crescimento. O transplante surge como uma forma de tratamento complementar aos tratamentos convencionais.

A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por "tutano". A medula óssea produz os componentes do sangue. O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue, com o objetivo de reconstituir a medula doente. Ele consiste na substituição dessa medula deficitária por células normais de medula óssea.

Passo a passo para se tornar um Doador Voluntário de Medula Óssea*:

1º Passo – se cadastrar

O cadastro pode ser feito em campanhas de doação ou em um Hemocentro. Para cadastrar-se, é necessário colher uma amostra de sangue e preencher a ficha cadastral.

Em média, dois meses após o cadastro seus dados estarão disponíveis no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – REDOME. Cada estado faz o seu próprio cadastro, mas todos os dados vão para um único registro nacional do Ministério da Saúde.

2º Passo – esperar

A compatibilidade de medula é determinada pela genética e a chance de encontrar um doador compatível com um paciente é em média uma em 100 mil. Essa espera para doação pode durar meses ou anos. Se o sistema encontrar um paciente compatível com o doador, eles entrarão em contato para colher uma nova amostra de sangue e confirmar a compatibilidade.

Por isso, é importante manter os dados atualizados, pois o paciente compatível pode aparecer a qualquer época de vida e o dador deve ser encontrado rapidamente.

3º Passo – confirmada a compatibilidade, fazer a avaliação médica

Ao ser chamado para doar, um médico irá avaliar o estado de saúde e novos exames serão feitos. Com base nos resultados do estado de saúde e da doença do paciente que irá receber a medula óssea, o médico vai explicar qual será o tipo de coleta: através de aférese (por filtragem do sangue) ou através de punção no osso da bacia.

4º Passo – Fazer a doação

Há duas maneiras de se coletar medula óssea. O primeiro modo é a coleta pelo osso da bacia: é realizado com agulha na região da nádega, o procedimento dura 60 minutos e é feito com anestesia. O doador fica um dia em observação após o término do procedimento.

Como efeito da doação, os doadores sentem dor no local da inserção da agulha semelhante à de uma injeção de benzetacil, ou a uma queda num jogo de futebol, que regride em uma semana.

O segundo modo é a coleta pela veia: o doador toma um remédio durante cinco dias para aumentar a produção de células-tronco. No sexto dia, as veias do doador estão cheias de células-tronco. O sangue pode ser filtrado por uma máquina que retira as células-tronco e devolve o sangue para as veias.

Quem não pode se cadastrar?

– Menores de 18 anos e maiores de 55 anos

– Portadores de HIV ou Hepatite C

– Pessoas que tem ou já tiverem algum tipo de câncer

* Com informações da Associação da Medula Óssea – Ameo.