Segurança

Advogada é presa e levada à Capital

Fernanda Fleck Freitas, de 28 anos, foi presa na manhã de sexta-feira em sua casa, em Tubarão

A advogada gaúcha radicada em Tubarão Fernanda Fleck Freitas, de 28 anos, foi presa na manhã de sexta-feira em sua casa na Cidade Azul, após cumprimento de mandado de prisão preventiva por agentes do Grupo de Diligências Especiais da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (GDE/Deic).

Fernanda atuava em Tubarão desde 2007, quando se formou. Ela é investigada por ser suspeita de levar a ordem dos mandantes de um homicídio aos executores da agente penitenciária Deise Fernanda Melo Pereira Alves, 30, assassinada com um tiro dentro do carro do marido, no dia 26 de outubro do ano passado. O Ministério Público denunciou a advogada e mais oito homens, entre eles quatro presidiários, nesta terça-feira. De acordo com as investigações da Deic, Fernanda teria levado a ordem, emitida pelos líderes da facção de dentro do Presídio de São Pedro de Alcântara, para que os executores do crime, que estavam em liberdade, matassem o então diretor da unidade prisional, Carlos Alves. Deise era esposa dele e foi morta por engano.

O motivo do crime, segundo a polícia e o próprio MP, seria uma represália contra o corte de regalias na unidade de São Pedro de Alcântara. Entre os nove envolvidos denunciados, somente Fernanda estava em liberdade. Ela chegou à sede da Deic às 13h10 e, como não ofereceu resistência à prisão, não foi algemada. Ela não quis mostrar o rosto, encoberto com uma blusa preta.

O Diário do Sul trouxe uma matéria completa do caso na edição de sexta-feira e revelou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) poderá pedir a exclusão do seu registro, caso seja comprovada a sua participação no assassinato. A Justiça deverá acatar o pedido do MP após vistas da denúncia nos próximos dias. O caso poderá declinar para um júri popular, com nove pessoas sentadas na sala dos réus.

 

Fernanda prestou depoimento e foi encaminhada para o Presídio Feminino de Florianópolis, no bairro da Agronômica, onde deverá aguardar até o julgamento. Ela ou um defensor ainda poderá realizar o pedido de habeas corpus para que responda o processo em liberdade, o que dificilmente será acatado mediante as provas, inclusive uma carta de um detento que detalha o planejamento do crime.