A Justiça consentiu com a denúncia do Ministério Público e abriu processo contra o advogado de Criciúma, acusado de envolvimento com o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), por associação ao tráfico de drogas e formação de quadrilha armada.
O processo, que tramita em Blumenau e denunciou mais 99 pessoas, entre elas mais quatro advogados, pode ficar a cargo da Justiça criciumense nos próximos dias.
A Ordem de Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina deve se manifestar após analisar toda documentação. O homem segue detido no 8º Batalhão da Polícia Militar, em Joinville.
Na tarde do dia 12 de abril, a Diretoria de Investigação Criminal (Deic) encaminhou o inquérito policial que apura a participação do defensor da cidade ao Fórum de Blumenau. Ele seria responsável por levar informações dos detentos para o lado de fora das unidades prisionais, inclusive de Criciúma.
O advogado teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Blumenau no dia 17 de abril.
Defendia um dos líderes
O defensor tinha como um dos clientes Rudinei Ribeiro do Prado, 33 anos, o Derru, um dos líderes da facção criminosa, que estava na Penitenciária Sul. Derru foi transferido para a Penitenciária de Mossoró (RN).
O advogado, que fazia contatos dos presos, inclusive das unidades de Criciúma, com o lado de fora das cadeias deve ficar recluso até o julgamento.
Em um vídeo gravado com um celular apreendido na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, Do Prado aparece dentro de uma cela parabenizando "o irmão … pelo apoio … empenho em prol da facção", se referindo aos atentados (foto).
