Segurança

Advogado de defesa do pai acusado de matar filho em Lauro Müller vai pedir adiamento do julgamento

Sessão de julgamento está prevista para esta quinta-feira (26), às 10 horas

Foto: Rodrigo Medeiros/arquivo/Jornal A Tribuna

Foto: Rodrigo Medeiros/arquivo/Jornal A Tribuna

O júri popular marcado para esta quinta-feira (26) em Lauro Müller, que vai julgar o caso do lauromüllense L.D.S., 32 anos, acusado de homicídio triplamente qualificado, pela morte de seu próprio filho, ocorrida em 2011, pode ser adiado. O advogado de defesa, Jefferson Damin Monteiro, em entrevista à Rádio Cruz de Malta, deixou claro que pretende entrar com o pedido de adiamento do julgamento.

Segundo o advogado, durante a fase de arrolamento de testemunhas e provas, o Ministério Público de Lauro Müller promoveu uma série de pedidos de diligências que foram juntadas ao processo. Entretanto, a defesa só foi intimada sobre as diligências na semana passada, no dia 17 de setembro.

Após ter conhecimento do fato a defesa tentou obter vistas do processo para análise destes documentos, até para poder comprovar sua veracidade, o que foi negado com a alegação de que os processos só podem ser retirados em carga, até dez dias antes da realização da sessão do júri popular. “Não discordamos da legalidade dos prazos, entretanto essas diligências a muito já haviam sido juntadas ao processo e somente quando expirou o prazo legal para pedido de vistas é que a defesa foi intimada sobre a existência das tais diligências. A defesa entende que há ofensa ao princípio da ampla defesa e do contraditório. Por isso, não acredito que esse júri aconteça amanhã”, falou o advogado.

Jefferson Damin Monteiro disse ainda que não seria louco ao ponto de submeter uma pessoa ao júri popular sem que estivesse devidamente ciente e preparado de todas as questões que envolvem o caso. “Nós estamos tratando da liberdade de uma pessoa. O fato é grave, gravíssimo. Agora todas as circunstâncias devem ser devidamente analisadas e as provas minuciosamente estudas para que não haja nenhum prejuízo ao réu”, frisou.

Para o advogado, é primordial para a defesa de seu cliente que ele tenha acesso ao processo. “Se o processo foi entregue ao Ministério Público por que não pode ser entregue a defesa. O provimento da corregedoria não está acima da Constituição Federal. Então nós não vamos deixar que se rasgue a Constituição assim. A defesa tem direito de analisar os documentos produzidos pelas diligências do Ministério Público e até impugná-los se for o caso”, concluiu.

O júri popular está marcado para esta quinta-feira (26), às 10 horas, no plenário do Fórum de Justiça da Comarca de Lauro Müller.