Saúde

Aedes aegypti: força-tarefa é realizada em Tubarão e Capivari de Baixo

Foto: Secom/Capivari de Baixo/Divulgação/Notisul.

Foto: Secom/Capivari de Baixo/Divulgação/Notisul.

Foi uma verdadeira guerra e a ação conjunta dos representantes do Exército, agentes de saúde e de endemias, e prefeituras de várias cidades da região para combater a proliferação do Aedes aegypti em um primeiro momento foi positiva. Cerca de 150 pessoas participaram da ação em Tubarão e Capivari de Baixo.

O major do Exército, Marcelo Sousa de Pinho, da Cidade Azul, assegura que o país está em campanha permanente e que todos os esforços serão unificados para combater o mosquito. “A ação foi muito positiva. Diria que vivemos uma guerra contra o Aedes aegypti. Todos nós fazemos parte da solução do problema e, acredito, sairemos vencedores nessa guerra”, salienta.

A ação ocorreu neste sábado, das 8 às 17 horas. O major relata que a campanha foi dividida em quatro etapas. A primeira por meio de uma reunião entre poder público e forças armadas, a segunda a campanha de conscientização nas casas e estabelecimentos comerciais (como ocorreu sábado), a terceira será na destruição dos possíveis focos e a última a conscientização nas escolas.

Em Tubarão, os trabalhos foram realizados em três bairros que já apresentaram focos do mosquito, Dehon, Morrotes e Vila Esperança. De acordo com o site Notisul, mais de 1,3 mil residências foram visitadas. Na ação, nenhum foco do mosquito transmissor da dengue, chykungunya e zica foi encontrado.

A coordenadora do Programa de Combate a Endemias em Tubarão, Kalinka Mattos, explica que, além desta importante ação, a luta contra o Aedes aegypti continua diariamente no município. “Nossa equipe continuará fiscalizando as mais de 300 armadilhas espalhadas pela cidade e os pontos estratégicos como borracharias e cemitérios. Até o fim deste mês será realizada uma capacitação com agentes comunitários de saúde para que estes auxiliem nas ações”, destaca.

O primeiro foco do ano na região foi localizado em Tubarão no dia 28 do mês passado pela equipe do Programa de Combate a Endemias em uma armadilha no bairro Vila Esperança.

Mutirão atinge quase mil pessoas

O primeiro grande mutirão contra o mosquito Aedes aegypti de Capivari de Baixo levou cerca de 60 pessoas às ruas. O grupo, dividido em sete equipes, visitou 313 imóveis e atingiu 939 pessoas em três bairros: Centro, Caçador e Três de Maio. Foram distribuídos folhetos com informações sobre o mosquito.

As equipes também vistoriaram as residências e orientaram os moradores sobre os cuidados necessários para impedir a proliferação do mosquito. Foram coletadas larvas para análise, mas os técnicos acreditam que não são do mosquito. Não houve recusa de nenhum morador de receber as equipes.

Cada equipe estava composta por quatro soldados, dois agentes de saúde e um agente de endemia. “Quero agradecer a todas as pessoas envolvidas neste mutirão e aos moradores pelo acolhimento. Porém, o mais importante é que as pessoas, visitadas ou não neste sábado, procurem se informar sobre o mosquito e as doenças por ele transmitidas, e tomem todas as medidas em suas residências para evitar que o mosquito se procrie”, solicitou o secretário de saúde, Adam Dutra Machado.

No próximo sábado, um novo mutirão será realizado em Capivari de Baixo, mais uma vez com a participação do Exército. O primeiro foco deste ano na cidade foi encontrado no bairro Caçador na semana passada. Em uma coleta de armadilha foram descobertas sete larvas positivas.

Ações continuam durante a semana

Uma das maiores ações sociais deflagradas em Laguna nos últimos anos ocorreu neste sábado. Aproximadamente 65 profissionais da prefeitura e da Marinha se uniram com um só objetivo: combater a proliferação do Aedes aegypti.

Os detalhes da operação deflagrada na Cidade Juliana foram discutidos em duas reuniões entre marinheiros e servidores municipais da equipe do Programa de Combate à Dengue, na quinta e sexta-feira. Mais de três mil panfletos e cartazes foram distribuídos e afixados em locais de alta circulação.

Amanhã, o combate à proliferação do inseto será retomado, agora de maneira mais direta, na identificação de possíveis criadouros das larvas e pontos de risco. Os serviços neste sentido seguirão até o fim da semana. Todos os objetos recolhidos, entre pneus, restos de materiais de construções, latas, plásticos e garrafas serão encaminhados para a reciclagem ou a um aterro sanitário.

Os locais visitados foram os bairros Barbacena, Progresso e Vila Vitória. O capitão-de-corveta da Delegacia da Marinha de Laguna, Marcos Maia dos Santos, explica que esta operação é um esforço conjunto. “Contamos com o apoio de todos nesta luta contra o mosquito, principalmente do cidadão, que deve colaborar na recepção dos marinheiros e fiscalizar o seu imóvel. Não pode haver concentração de água parada, que é onde ocorre o surgimento das larvas”, orienta.

Situações preocupantes são constatadas

Mais de 30 funcionários públicos de São Ludgero, divididos em seis equipes, realizaram um trabalho de ‘pente fino’ na mobilização do mosquito Aedes aegypti. Por onde passaram, os grupos recolheram copos, latas de refrigerante, pacotes plásticos e papel. Nas ruas, os trabalhadores constataram situações preocupantes em residências e aproveitaram para alertar sobre os riscos. O que chamou a atenção de técnicos e agentes comunitários de saúde é o fato de muitas pessoas não acreditarem que o problema é tão grave.

Para a secretária de saúde, Nilva Schlickmann Pickler, é importante as pessoas perceberem que o descuido dá margem para que o mosquito possa se proliferar. “Não é de agora que São Ludgero decidiu assumir com força e responsabilidade o combate ao mosquito e fazer o trabalho da forma que deve ser feito. Já realizamos várias ações”, esclarece.

Desta forma, com o objetivo de aprofundar ainda mais as ações no combate ao mosquito, os agentes comunitários de saúde que visitam as residências e perceberem suspeitas de criadouros deverão preencher um cadastro familiar, e com isso, a vigilância sanitária e o setor epidemiológico farão a inspeção. Atualmente, em São Ludgero, existem quatro focos que estão sendo monitorados pela Secretaria de Saúde. Três focos foram detectados em armadilhas e um em terreno baldio.

Dengue

O último boletim divulgado (quinta-feira) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde – Dive/SC da dengue, zika e chikungunya informou que 1.260 casos de dengue foram notificados. Desses, 155 foram confirmados por exames laboratoriais, 422 foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 683 casos estão sob investigação.

Zika Vírus

No período de 1º de janeiro a 6 de fevereiro foram notificados 58 casos suspeitos de zika vírus em Santa Catarina. Destes, cinco foram confirmados (quatro pelo critério clínico-epidemiológico e um pelo critério laboratorial), 23 foram descartados e 30 permanecem em investigação. Na região, em Braço do Norte, um morador contraiu a doença no estado de Sergipe. Tubarão e Garopaba já registraram um caso cada um, que estão sendo investigados.

8 mil pessoas envolveram-se na mobilização em Santa Catarina.