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Aeronaves irregulares são apreendidas durante operação da Polícia Federal em SC

Ação foi deflagrada nesta quarta-feira. Empresa de Joinville é investigada por suspeita de fraudes fiscais, manutenção e documentação de aeronaves.

Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão desde o início da manhã desta quarta-feira (10), em cidades do Norte catarinense e Vale do Itajaí, além de outros dois estados, durante uma operação contra crimes de perigo à aviação. De acordo com o delegado Alexandre Andrade, o alvo das investigações envolve uma empresa com sede em Joinville, suspeita por fraudes fiscais, na manutenção e na documentação de aeronaves.

A operação denominada de Dédalo, que ocorre em conjunto com Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apreendeu sete aeronaves e pelo menos parte de outras cinco em locais clandestinos. As ações ainda estão em andamento e um balanço será divulgado no final da manhã, segundo o delegado. Ninguém foi preso até esta publicação.

No total são cumpridos em Santa Catarina, três mandado de busca e apreensão em Joinville e outro em Rio do Sul. Outros dois ocorrem em Curitiba (PR), três em Sorocaba (SP) e um em Birigui (SP).

Também são alvos das buscas sete aeronaves, sem condições de voo, por apresentarem irregularidades em documentos e estruturais, que colocam em risco a aviação civil.

Conforme a PF, participam dos trabalhos 50 policiais federais e 20 fiscais da Anac.

Investigação

As investigações começaram em 2016, após uma denúncia de irregularidades na manutenção de aeronaves, além de reportagens veiculadas pela imprensa, vinculando as irregularidades a quedas de helicópteros.

Um inquérito policial foi instaurado. A PF em conjunto com a Anac fez a inspeção na empresa investigada, apreendendo documentos, peças e aeronaves.

Segundo a PF, a perícia feita nos documentos, além de contatos com fabricantes e autoridades estrangeiras dos Estados Unidos, comprovaram indícios de compra de aeronaves sinistradas, reparo além dos limites permitidos pelo fabricante, com uso de registros supostamente fraudulentos ou com o aproveitamento de plaquetas e documentação para emprego em outras aeronaves, além de falhas nos controles, colocando em risco a aviação civil.

Ainda de acordo com a polícia, foram apontados indícios de falsificação de documentos, não prestação ou prestação parcial ou dissimulada de informações à Anac, com o objetivo de dificultar ou iludir a fiscalização do órgão, além de fraudes fiscais nos processos de importação de aeronaves.

Os investigados vão responder pelos crimes de perigo à aviação; falsificação de documentos; falsidade ideológica e sonegação fiscal, cujas penas isoladas variam de um a seis anos de prisão.

Dédalo

A operação recebeu o nome de Dédalo que, na mitologia grega, era um homem muito sábio e criativo, pai de Ícaro, que fabricou asas de penas ligadas com cera para que ele e Ícaro pudessem voar e fugir do labirinto onde estavam presos.

Na fuga, Ícaro se aproximou muito do sol, a cera derreteu e ele caiu no mar. Da mesma forma, o uso de peças não adequadas em aeronaves pode provocar acidentes aéreos.

Com informações do site G1/SC

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