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Aeroporto de Jaguaruna sente o reflexo da retirada de voos

Foto: Arquivo / A Tribuna

A diminuição no número de voos no Aeroporto Regional Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, reflete na queda de passageiros registrada nos três primeiros meses deste ano. A maior queda foi em março. Neste mês, em 2018, foram 10.533 embarques e desembarques, totalizando 3.658 a menos do que os 14.191 registrados em março do ano passado.

A queda no número de embarques e desembarques já foi sentida em janeiro, porém, em menor escala. No ano passado, foram 11.931 passageiros, já no mesmo mês em 2018 passaram pelo local 11.479. Uma leve queda de 452 passageiros. No mês seguinte, a queda foi de 2.232 passageiros. Sendo que em 2017, foram 12.017 embarques e desembarques e em 2018 9.785.

Aeroporto vinha registrando crescimento

Ao longo dos anos, o Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi vinha praticamente dobrando o número de passageiros. Em 2017, por exemplo, foram 146.097 embarques e desembarques, um total de 72.406 a mais do que 2016, quando foram registradas 73.691 passagens vendidas.

Já em 2018, se não houver nenhuma mudança ao longo dos meses, poderá haver a redução dos números. Levando em consideração os primeiros três meses, a queda é de 6.342 embarques e desembarques. No mesmo período de 2017 foram 38.139 passageiros e, neste ano, passaram pelo Regional 31.797 passageiros.

Para o diretor da RDL, atual administradora do local, Fernando Castro, a queda no número de passageiros está realmente ligada às últimas mudanças e números de voos. “Sim, está intimamente relacionada, tínhamos em parte do ano de 2017 três voos e isso ajudou a alavancar os números, esse ano está um pouco menor, no mesmo período do ano passado eram três voos, por isso, essa pequena queda no números de passageiros”, relata.

Sem voos matutinos

O que acontece é que neste período, no ano passado, o Aeroporto de Jaguaruna, contava com três voos diários. Dois da Azul e um da TAM. Só que no meio do ano, a Azul anunciou que a partir de setembro passaria a contar apenas com o horário da tarde. A partir de então entidades empresariais e lideranças políticas vêm buscando uma maneira de reaver esse horário. A Azul anunciou que há possibilidade de voltar com o horário, porém descarta voltar a operar com dois voos diários como fazia.

“Aprovaram a troca do horário, não um novo voo, estavam fazendo as gestões junto à Anac para fazer a mudança, mas também fez algumas exigências ao Governo do Estado, benefícios fiscais”, cita o presidente da Associação Empresarial de Criciúma – ACIC, Moacir Dagostin.

Um dos problemas apontados pela Azul é que com o voo chegando no fim da noite e saída no início da amanhã, a empresa terá a taxa de pernoite. Através da assessoria de imprensa, a Azul informou que ainda não há evoluções nas negociações.

Esse horário é o mais solicitado pelos empresários da região, já que ele possibilita viagem a São Paulo com volta no mesmo dia.

Atualmente, a LATAM opera com um horário para o Aeroporto de Congonhas, no Centro de São Paulo, e a Azul com um voo para Campinas. Os dois no período vespertino.

Queda no números de aeronaves

Os três primeiros meses de 2018, registraram 582 pousos e decolagens, 260 a menos do que os 842 registrados no mesmo período de 2017. Nesses números estão contabilizados as aeronaves da LATAM e Azul e também as particulares que utilizam o aeroporto.

Com informações do site Clicatribuna

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