Segurança

Agentes prisionais denunciam descaso

A insatisfação dos agentes prisionais da região com as condições de trabalho ainda é uma constante. Coletes balísticos vencidos, armamento arcaico, assim como munições, e o efetivo insuficiente são as principais reclamações. "Trabalhamos com materiais desgastados, que já foram utilizados pela polícia. É assim que somos tratados", reclama um servidor.

Outra reclamação é por conta da guarda de detentos em unidades hospitalares, do salário que não condiz com as funções carcerárias, da não nomeação dos agentes que passaram no último concurso e da data-base.

Segundo o Portal Clicatribuna, a Secretaria de Justiça e Cidadania (SJC) foi procurada para um contraponto, mas não se manifestou até a noite de ontem.

O Governo anunciou por meio do Pacto da Justiça e Cidadania melhorias para o setor. Segundo a SJC, o edital do concurso está para sair a qualquer momento, mas não se pode precisar uma data. O edital já está pronto e a assessoria jurídica está finalizando o parecer. O Governo anunciou em fevereiro 300 vagas para agentes prisionais em todo o estado.

Mais presos, só nas delegacias

Está marcada para a próxima quarta-feira uma paralisação nas unidades prisionais. Neste dia não haverá o recebimento de compras, advogados, de membros do Poder Judiciário e nem de presos, que deverão permanecer nas delegacias. O único setor atendido será a saúde.

"Estamos sem efetivo. Quando há preso no hospital, perdemos pelo menos dois agentes. O que está acontecendo com o sistema prisional é uma vergonha", lamenta outro agente. O número de agentes, sem contar o reforço remunerado, que ocorre desde o início do ano, é de cerca de quatro servidores por plantão para 800 detentos no Presídio Santa Augusta, por exemplo.

O reforço remunerado agrada em parte os servidores. "Enquanto há reforço na equipe e ainda ganhamos por isso, que também não é muito, somos expostos a um nível bem maior de estresse. Queremos a normalização do último concurso e mais colegas de trabalho", solicita um agente.