Foto: Lucas Mendes/Arquivo/Clicatribuna
Inicia nesta quarta-feira a paralisação dos agentes prisionais catarinenses. O manifesto, que tem como objetivo lutar por melhores condições de trabalho, reajuste salarial e a data-base, vai atingir as principais unidades de Santa Catarina.
Em Criciúma, profissionais que atuam na Penitenciária Sul confirmaram a paralisação. Alguns servidores do Presídio Santa Augusta apoiarão a manifestação no Bairro Vila Maria, no entanto a paralisação na unidade do Bairro Santa Augusta será agendada para uma outra data. A Secretaria de Justiça e Cidadania (SJC) não se manifestou sobre a causa.
Segundo o site Clicatribuna, hoje pela manhã, agentes estarão na frente do maior complexo carcerário da região de braços cruzados. Alguns atendimentos não serão realizados, como recebimento de compras, advogados, visitas e também de presos. Escoltas e o setor da saúde não serão atingidos. A massa carcerária também não deverá ter banho de sol.
Greve não está descartada
Paralelo à manifestação, ocorre em Florianópolis uma assembleia geral. Dependendo da resposta do Governo em relação às reivindicações, uma greve não está descartada.
"Anunciaram no Pacto que vamos receber coletes, novas viaturas. Mas queremos valorização também salarial. Por conta da escassez de efetivo, ocorre desde janeiro o reforço remunerado. O que em parte ajuda, mas que desgasta bastante a atividade, elevando o nível de estresse. Em 2002, um agente ganhava em torno de dez salários-mínimos. Atualmente são quatro salários-mínimos com uma realidade prisional bastante diferente de dez anos atrás", reclama um servidor.
A insatisfação dos agentes prisionais da região com as condições de trabalho já não é novidade. Coletes balísticos vencidos, armamento arcaico, assim como munições, e o efetivo insuficiente são as principais reclamações.
