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Alesc rejeita projeto de lei que proibia corrida de cães em SC

Projeto de lei foi rejeitado por 17 votos a três, além de três abstenções; para veterinária, corrida de cães traz prejuízos à saúde do animal.

Divulgação

A Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) rejeitou, na sessão desta quarta-feira (25), o projeto de lei que proibia a realização de corrida de cães em Santa Catarina. Com a decisão, o PL (projeto de lei) 70/2021, de autoria do deputado Marcius Machado (PL), será arquivado.

A matéria alterava a Lei nº 12.854/2003 (Código Estadual de Proteção de Animais) para proibir a realização das corridas de quaisquer raças de cães.

Na justificativa da proposta, o autor argumentou que as competições causam danos físicos e psíquicos aos animais envolvidos. Em alguns casos, conforme o deputado, os cães recebem substâncias para melhorar o desempenho. A prática, de acordo com Marcius, já foi proibida em outros estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O PL foi rejeitado por 17 votos a três, além de três abstenções. O placar da votação pode ser consultado no Portal da Transparência da Alesc.

Parlamentares contrários ao PL

Parlamentares contrários à matéria demonstraram preocupação com as consequências da aprovação. “É um projeto que deixa muitos pontos em aberto”, considerou Bruno Souza (Novo).

“Pode prejudicar atividades praticadas por clubes, que são insuspeitos, gostam dos animais, não estão ali para maltratar. Essa lei não irá aumentar a proteção dos cães e poderá trazer empecilhos.”

Jessé Lopes (PSL) criticou o que chamou de “pautas dos ‘ecochatos’”. “O que é que tem os cachorros correrem? Eles até se divertem”, disse. “A tendência é daqui a pouco não poder comer mais churrasco.”

Rodrigo Minotto (PDT) considerou que a corrida de cães não se configura como maltrato. “Daqui a pouco vai proibir corrida de cavalo”, afirmou. “Acho que isso [a proibição] é até prejudicial, não contribui para a qualidade de vida do animal”, afirmou.

O deputado Silvio Dreveck (PP), que se absteve, afirmou que não compreendeu o teor do projeto e pediu esclarecimentos ao autor, que não estava presente na hora da votação. “Parece que em Santa Catarina não temos essa prática [da corrida de cães]”, disse.

“Animais não estão se divertindo”

Para a médica veterinária Katia Chubaci, que atua na Grande Florianópolis, a corrida de cães deveria, sim, ser proibida em Santa Catarina. Ela diz que apoiar esse tipo de ação é fruto de “insensibilidade e falta de informação”.

“Os animais não estão se divertindo. São tratados como mercadorias, passando de mão em mão conforme vão ganhando as corridas. Não se tem carinho pelo animal. Passam dias trancados em caixa de transportes”, argumenta.

A veterinária diz que a corrida de cães traz grandes prejuízos à saúde do animal. “Os cães fazem uso de esteroides que provocam insuficiência renal. Recentemente atendi um cão que estava quase perdendo o rim por causa disso”, relembra.

Com informações do site ND Mais

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