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Alunos de escola na Serra catarinense têm aulas à luz de velas

Maioria das lâmpadas não funciona, e os apagões são constantes.

Foto: Reprodução/RBS TV

Foto: Reprodução/RBS TV

Uma escola estadual de Monte Carlo, município do Oeste catarinense, está com problemas na instalação elétrica. Por causa disso, estudantes do período noturno precisam aulas à luz de velas. A Secretaria de Desenvolvimento Regional disse que não há prazo para resolver o problema, como mostrou o Jornal do Almoço desta terça-feira (12).

Na Escola de Educação Básica Professora Virginia Paulina da Silva Gonçalves, a maioria das lâmpadas não funciona e os apagões são constantes. A unidade, inaugurada há sete anos, é bem equipada, mas o problema com a instalação elétrica faz com que nada funcione corretamente.    

A maioria dos estudantes do município frequenta a escola: são 180  alunos só no período noturno. É nesse horário que os problemas começam.

Das 16 salas, não há uma onde a iluminação funcione corretamente, tanto que três estão completamente às escuras. Em uma delas, na semana passada, a aula foi à luz de velas.

Preocupação

Em outra sala, a aula só é possível graças a um improviso: o projetor é usado pra iluminar o ambiente. "Nossos alunos têm 17, 18 anos ou até 15 anos de idade. Daqui a algum tempo, possivelmente, alguns deles vão estar perdendo a visão devido a esse esforço que vêm fazendo durante todas as noites", declarou, preocupado, o professor Juliano Oliveira.

"Tiveram dias que a gente teve que mudar de sala porque aqui não tinha nenhuma lâmpada funcionando, daí, na outra que nós fomos, tinham dois", disse o estudante Guilherme Ribas.

Em algumas salas  o próprio diretor trocou as lâmpadas fluorescentes, que viviam queimando, por incandescentes. A hora do intervalo é as escuras. Vários pontos do pátio também estão sem iluminação. Um aparelho ar-condicionado recém-instalado não pode ser ligado.

Transformador

Para resolver o problema, segundo uma equipe de engenheiros que vistoriou o prédio, seria necessária a implantação de um transformador que supriria as demandas de energia da escola. Só que ainda não se sabe quanto tempo essa solução pode demorar para chegar.

"Segundo o laudo que o engenheiro apresentou, é necessário colocar o transformador dentro da escola. Esse transformador tem um custo bem alto e aí eles captariam a rede direto da alta tensão e ele transformaria então para baixa tensão, alimentando toda a escola", afirmou o diretor da escola, Alexandre Dementovis.

Insegurança

Enquanto os apagões não param e os corredores permanecem às escuras a sensação é de completa insegurança. "No escuro, só facilita mais um assalto, algum roubo, alguma coisa assim", disse a estudante Caroline Rodrigues.

A escuridão também facilita outro problema: o uso de drogas no interior da escola. O próprio diretor já flagrou um grupo de alunos consumindo entorpecente. "Em um dos primeiros dias de aula, a gente já constatou alunos se utilizando de maconha. Então, para nós é preocupante", continuou o diretor.

O secretário-executivo de Desenvolvimento Regional, Alcides Mantovani, disse que não há prazo para resolver o problema. Por enquanto, não há recursos garantidos para isso.

Com informações do Site G1 SC