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Amamentação materna: amor além do olhar

Foto: Daiane Fernandes/DS

Foto: Daiane Fernandes/DS

Ele já sabia o que fazer e o corpo sabia como responder. O primeiro encontro entre Tatiana Matias, 30 anos, e seu segundo filho, Vicente, foi marcado não apenas pela troca de olhares entre mãe e filho, mas pela segurança de que ela poderia nutri-lo através do leite materno. Contrariando todos os medos que a incomodaram durante a gravidez, hoje Tatiana celebra cinco meses de amamentação exclusiva.

“Sempre ouvia os benefícios antes de ser mãe, mas morria de medo de o meu filho não ‘querer’ mamar, como aconteceu comigo. Quando estava grávida do Vicente não havia sinal nenhum de que teria leite. Porém, fui acalmada por minha enfermeira. Quando ele nasceu eu vi que ele já sabia bem o que fazer”, conta Tatiana.

Contudo, os primeiros dias de amamentação não foram fáceis. “Mesmo sendo mãe de segunda viagem, meu peito machucou. Arrumamos a pega, mas já era tarde. Estava com machucados, mas persistente – queria seguir amamentando-o”, destaca a tubaronense. Ela conta que teve dias em que pensou que não conseguiria seguir com a amamentação. “Nós chorávamos: meu filho, de fome, e eu, de dor”, fala a mãe.

Mas com a ajuda da doula Michele Wanderlind Domingos Ortega e da enfermeira homeopata Fernanda, através de massagens e outras orientações, Tatiana seguiu seu propósito de amamentar o filho. Hoje, com Vicente prestes a completar seis meses, ela segue com o aleitamento materno exclusivo. 

“Por isso, acredito que é preciso uma boa rede de apoio e que a amamentação não é só flores. Mas mesmo assim, saber que nos primeiros segundos de vida meu filho já veio pro meu seio e que eu poderia dar para ele tudo de que ele precisa para crescer me dava forças, e sigo um dia de cada vez”, destaca Tatiana, que esta semana celebra, com mães de todo o mundo, a Semana Mundial da Amamentação.

A semana é comemorada desde 1992 por iniciativa da Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA, na sigla em inglês), órgão consultivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef. Este ano a semana tem como tema “Amamentação: uma chave para o desenvolvimento sustentável”.

Receber orientação é primordial

Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, durante os primeiros seis meses de vida a alimentação das crianças deve ser exclusivamente por meio da amamentação. De acordo com a doula Michele, para que essa recomendação seja seguida a mãe precisa ser e estar preparada. “A mama veio pronta para esta função. Nosso corpo é perfeito para nutrir os nossos filhos”, analisa a doula. 

Michele comenta que as mulheres devem procurar se informar e se empoderar para o sucesso da amamentação. “Aproximar-se de mulheres que estejam amamentando, acreditar em si e buscar apoio é primordial. Se houver percalços durante este processo, a mãe deve buscar ajuda, seja no banco de leite, seja com sua doula. E o mais importante: acreditar que não existe leite fraco. Seu corpo é perfeito para nutrir seu filho”, destaca a doula.

Com informações do Jornal Diário do Sul