Saúde

Amesc confirma ao Sindisaúde que não assumirá Hospital Regional de Araranguá

Foto: Divulgação / Clicatribuna

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A Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense – Amesc deixou claro que não pretende assumir a administração do Hospital Regional de Araranguá. O posicionamento, em definitivo, foi repassado ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região – Sindisaúde, em reunião realizada na manhã de ontem. O encontro para debater a municipalização da instituição foi solicitado pelo sindicato, tendo em vista que os trabalhadores do Regional ainda se encontram preocupados com o futuro do hospital.

Estiveram junto da direção do Sindisaúde a representante da Comissão dos Trabalhadores do Hospital, Patrícia Gaio de Freitas Rocha, o presidente do Consórcio Intermunicipal – Cisamesc, Wagner da Rosa e o presidente da Amesc, Jonnei Zannete. Conforme o diretor do Sindisaúde, João Martim Estevam, a justificativa seria a falta de garantias em repasses e investimentos do Governo do Estado. “Se a municipalização acontecesse, e o governo viesse a atrasar esses valores, a Amesc não teria como arcar com essa manutenção. Nessas condições, eles não querem assumir e sabemos que a Secretaria de Estado da Saúde tem um monte de atrasos na região”, diz o diretor.

Sobre não assumir, o representante da Cisamesc também manteve a mesma postura que a Amesc. Para mais detalhes, a reportagem tentou entrar em contato com o presidente da Amesc, Jonnei Zanette. Mas, as ligações não foram atendidas. Ainda em julho, o prefeito de Araranguá, Sandro Maciel, já havia dito que a municipalização não iria mais acontecer por falta de garantias por parte do secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing.

Instabilidade com a SPDM

Mas, conforme o Sindisaúde, os trabalhadores tem procurado a base sindical no intuito de encontrar um pouco mais de estabilidade no ambiente de trabalho. De acordo com Estevam, durante o período em que a municipalização esteve em negociação a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM, a atual gestora do hospital, cancelou as férias e deixou de contratar funcionários.

“Isso gera um desconforto muito grande entre os trabalhadores. Faltaram profissionais em principais setores e isso foi um dos principais motivos que nos mobilizou a ver junto das autoridades o que seria feito”. Sendo assim, uma reunião para tratar sobre a municipalização foi solicitada pela categoria na última greve que aconteceu no Hospital Regional. Após isso, uma comissão de trabalhadores foi eleita para verificar junto ao Governo do Estado e a Amesc uma definição sobre a municipalização.

Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna