Segurança

Ao menos seis dos 18 presos em operação contra ataques em SC são mulheres de detentos

Prisões ocorreram durante a Operação Independência, nesta quinta-feira (7).

Deic tenta prender integrante do PGC, em Criciúma

Foto: Divulgação

Ao menos seis entre os 18 presos nesta quinta -feira (7) na Operação Independência são mulheres de detentos, conforme a polícia. A ação foi deflagrada contra a organização criminosa que a Polícia Civil diz ser a responsável pelos ataques cometidos em Santa Catarina desde 31 de agosto.

Conforme a Polícia Civil, as mulheres dos presos repassariam as ordens deles para os executores dos ataques. “Algumas são esposas de lideranças da facção criminosa e possuem envolvimento na organização criminosa”, disse o delegado Adriano Bini.

Foram cumpridos 42 mandados de prisão. Desse total, 29 suspeitos já estavam detidos no sistema prisional. Outras cinco pessoas foram presas em flagrante, devido às apreensões de drogas, de munições de vários calibres, balanças de precisão, rádio comunicadores, dinheiro e anotações, celulares, cartas e bilhetes referentes à organização criminosa.

Com os flagrantes, foram 47 suspeitos presos. Dos 42 mandados de busca e apreensão, 37 haviam sido cumpridos até a última atualização desta notícia.

Origem da operação

A operação é resultado de outra investigação, de tráfico de drogas em Blumenau. Quando os atentados começaram, os investigadores descobriram ligações entre as pessoas que estavam sendo investigadas em Blumenau e os acusados de ordenar e executar os ataques.

As mortes de dois policiais militares e um agente penitenciário ainda não são tratadas como parte dos atentados, mas, na semana passada, uma mulher presa, suspeita de envolvimento com a morte do PM Joacir Vieira, em Joinville, tinha três celulares. O policial que prendeu a suspeita relatou que ela tentou destruir um dos telefones.

O agente sugeriu desbloquear o aparelho para ver o que ela pretendia esconder, porque em 15 minutos recebeu 213 mensagens. A polícia pediu o desbloqueio do aparelho.

A ação, coordenada pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado – Draco/Deic ocorreu em Blumenau, Joinville, Florianópolis, Criciúma e Navegantes. A Polícia Civil informou que mais de 300 policiais participaram da operação inclusive contra líderes da organização criminosa.

Ataques em SC

Entre a última quinta-feira (31) até quarta (6), ao menos 23 cidades foram alvo de ataques criminosos. Bases da PM, delegacias, órgãos estaduais e municipais e casas de policiais foram atingidos, em mais de 50 ocorrências. Veículos também foram incendiados.

O governo de Santa Catarina evita falar sobre motivações dos ataques, mas na segunda-feira (4), o secretário adjunto de Segurança Pública de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D’Ávila, afirmou à NSC TV que os ataques “são fruto de 30 anos de diminuição dos poderes das polícias” e do aumento do tráfico de drogas.

“A Operação Independência faz alusão à data patriótica comemorada nesta quinta-feira e à autonomia constitucional da Polícia Civil, em suas atividades investigativas e de polícia judiciária”, afirmou a Polícia Civil, em nota.

Operação Mão Forte

Na última quinta-feira, também foi deflagrada pela Polícia Militar a Operação Mão Forte. No último balanço divulgado, na segunda-feira (4), 95 pessoas tinham sido presas ou apreendidas, em operações simultâneas que têm envolvido três mil policiais. “Não existe previsão de término da operação”, informou o comando geral, em nota.

Com informações do site G1 SC

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