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Apelo por apoio à luta diária

Família de Siderópolis pede auxílio para manter necessidades básicas de filho de 17 anos com paralisia cerebral

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo / Clicatribuna

Há 17 anos, a família Vargas ganhou um presente e, com ele, um desafio: cuidar do pequeno Flávio Henrique. Após uma gravidez normal e sadia, a mãe, Raquel Vargas, então com 20 anos, teve uma tentativa de parto natural, porém, o procedimento teve complicações e precisou da intervenção de fórceps.

Conforme Raquel, no momento do nascimento Flávio acabou ficando sem oxigênio, o que resultou em uma paralisia cerebral. "Por pouco nós dois não 'nos passamos'. Foi um parto bem difícil e ainda agravado por ele estar enrolado no cordão", comentou. Com a situação, o menino foi encaminhado direto para a incubadora e em seguida diagnosticado com paralisia, o que o deixou sem coordenação motora, fala e até com a visão prejudicada em quase 100% após uma hemorragia.

Com condições financeiras limitadas, desde então a família, que mora no bairro Renascer, em Siderópolis, trava lutas para lidar com as necessidades do adolescente. Idas e vindas ao médico, alimentação líquida e pastosa de três em três horas, cuidados com cirurgias e feridas causadas pela condição de acamado, controle dos medicamentos necessários e de troca de fraldas. Todas essas situações precisam ser enfrentadas e superadas diariamente. Casada e com outro filho de pouco mais de dois anos, a mãe se dedica inteiramente à casa e aos seus "bebês", como os chama carinhosamente.

As atividades no dia a dia do garoto são bem limitadas, sendo que ele enxerga apenas vultos e não consegue se movimentar sozinho. Apesar disso, conforme a mãe, ele tem uma boa audição, escutando bem os comandos e entendendo cada um deles. "Tenho certeza de que ele sabe o que estamos falando. Quando ele fica agressivo ou agitado e acaba se batendo ou se mordendo, por exemplo, eu mando ele parar ele mostra que entendeu o pedido e para de fazer essas coisas", cita.

Necessidades ligadas à medicação e alimentação

De acordo com Raquel as principais necessidades da família são relacionadas à compra de medicamentos, leite e fraldas para o adolescente. "Ele usa bastante fralda e toma quase quatro caixas de leite por mês, já que suas refeições são bem limitadas. Isso, somado aos remédios que não são distribuídos gratuitamente e precisamos comprar, acaba pesando no nosso orçamento", informa.

As despesas da casa, conforme a mãe, são praticamente pagas em sua totalidade com o salário do marido, que trabalha em uma fábrica de resina. "Ele trabalha em horário comercial e eu acabo tendo que ficar em casa, pois não tenho como dar conta de suas necessidades tendo um trabalho fora. Durante a tarde o Flávio vai para a Apae aqui de Siderópolis e eu faço algumas coisas da casa. O restante do tempo é sempre em função dele e do irmão pequeno", comenta.

Colchão pode auxiliar

Após uma cirurgia realizada em seu quadril há pouco mais de um mês, Flávio Henrique acabou desenvolvendo algumas feridas pelo corpo devido ao excesso de tempo na mesma posição.  Por ter tamanho menor que o correspondente à sua idade, o adolescente dorme em um berço, onde um colchão tradicional para crianças é utilizado. "Quem sabe se existir e alguém puder nos ajudar com um colchão desses tipos especiais seria bom para evitar esses machucados. Como ele ficou de repouso acabou criando isso e agora é difícil sarar. Agora percebo que ele sente bastante dor nesses locais", lamentou.

Como ajudar

As pessoas que tiverem interesse de colaborar com a família de Siderópolis podem entrar em contato pelo telefone (48) 9946-2991 ou fazer depósitos voluntários na conta da família (confira abaixo).

Com informações de Mayara Cardoso / Clicatribuna