Educação

Apesar do reajuste salarial, professores pedem mais valorização

Governo Federal anunciou aumento de 33,24% no piso, entretanto, percentual é válido apenas para profissionais no início de carreira

Divulgação

O novo piso salarial anunciado pelo Governo Federal para os professores representa um acréscimo de 33,24% nas folhas de pagamento dos servidores. A novidade foi publicada nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro, na quinta-feira. O valor mínimo passa de R$ 2.886 para R$ 3.845. Para a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/ SC), apesar da medida, a luta por valorização continua.

Todos os anos, o Ministério da Educação anuncia o reajuste salarial dos professores, com base na Lei do Piso do Magistério, instituída em 2008. A última atualização foi em 2020 e, desde então, estava congelada. “A nossa luta é para que esse aumento seja aplicado em todos os níveis da carreira, não apenas no início dela. Em Santa Catarina nós tivemos, em vários anos, a não aplicação dele”, comenta o coordenador estadual do Sinte, Luiz Carlos Vieira.

O coordenador do Sindicato explica que o piso nacional aprovado é válido para os profissionais no início da carreira. “Hoje, no Estado, o valor pago é R$ 3.450 para esses professores. Então, com o aumento, teria que ser reajustado para R$ 3.845, o que equivale ao máximo de 33,24%. Para nós, tem que ser esse percentual em todos os níveis de referência. Essa é a nossa briga. Existem estados que aplicam, mas Santa Catarina nunca reconheceu isso”, pontua Vieira.

Hoje, no Estado, existem mais de 20 mil servidores efetivos e 22 mil temporários. “A nossa luta vai continuar aqui no Estado, porque nós queremos a implementação desse valor na tabela. Em vários níveis de referência já têm um valor maior do que o piso nacional”, enfatiza o coordenador do Sinte. “Essa aplicação do piso vai repercutir sobre as outras vantagens que o servidor têm, como licença a prêmio”, acrescenta.

No anúncio do presidente da República sobre o piso, ele afirma que os governadores e prefeitos não querem os 33,24% de aumento. Isso porque, poderia causar um rombo nas contas públicas, uma vez que são eles que arcam com os salários de aproximadamente dois milhões de professores da Educação Básica.

“Os prefeitos e governadores sabem que não pode ter um impacto muito grande no início da carreira, se não for repercutido para os outros níveis, porque a tabela achata. Acaba desvalorizando quem tem especialização, mestrado e doutorado, porque esses ficam sem reajuste e os que têm menor formação ganham tanto quanto quem está há mais tempo no serviço público”, explica Vieira.

Ainda conforme o coordenador do Sinte, o valor mínimo que poderia ser pago ao professor no início de carreira, no Brasil, conforme o último piso, é R$ 2.886. “Eles podem pagar mais, mas vai de cada Estado. Por exemplo, Maranhão paga R$ 5 mil no início da carreira – ou seja, quem só tem o magistério, não tem graduação”, comenta. “É importante ressaltar que temos que manter o reajuste do piso como uma proposta de valorização do magistério”, finaliza Vieira.

Com informações do TNSul

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