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Após acidente, jovem lauromüllense precisa de colaborações para continuar evoluindo

Foto: Daniel Búrigo/Clicatribuna

Foto: Daniel Búrigo/Clicatribuna

Há pouco mais de um mês o jovem Jeferson Francisco, de 21 anos, teve sua rotina interrompida por um grande susto. Estudante de Educação Física, Francisco se dirigia com sua motocicleta de Criciúma para a academia na qual fazia estágio, em Içara, quando foi surpreendido por uma ultrapassagem proibida, sendo impossível sua reação.

Neste momento, por volta das 16h do dia 7 de abril, Jeferson foi atingido por dois carros na rodovia SC-445 e, conforme testemunhas informaram aos socorristas, foi arremessado por aproximadamente dez metros até cair desacordado no asfalto.

A pancada fez com que uma de suas vértebras fosse quebrada e atingisse a medula. “Assim que acordei já sentindo meu corpo queimar no asfalto quente, notei que não sentia as pernas. Ali já tive ideia do que tinha acontecido e o que vinha pela frente”, disse. O jovem ficou paraplégico por conta do acidente e agora, junto com sua família, conta com ajuda de amigos, familiares e voluntários para poder ter melhores condições em seu dia a dia.

Apesar da lesão na medula, Jeferson já recuperou parte da sensibilidade e da mobilidade da perna esquerda e vislumbra recuperar também na perna direita. Ao longo desse mês em que absolutamente tudo é novidade na vida dele e da família a evolução do jovem é evidente em diversos aspectos, porém, algumas situações ainda representam grandes desafios. A cadeira de rodas que conseguiu emprestada, por exemplo, tem sido uma grande ajuda, mas não oferece a mobilidade necessária para que Jeferson use a força dos braços para se movimentar sozinho e ir da cama para ela. Além disso, uma cadeira de banho também emprestada não funciona de forma adequada e acaba dificultando os momentos de higiene pessoal.

Conforme a mãe do jovem, Edna Silveira Francisco, por conta das condições limitadas da cadeira, o filho precisa ser praticamente arrastado sob ela para conseguir ir ao banheiro. “Percebendo essas dificuldades, fomos em busca de pesquisar os preços das cadeiras e o modelo que ofereceria condições para ele ter alguma independência custa R$3.500, além da cadeira de banho, que tem o valor de R$1.500”, afirmou.

Jeferson precisou se afastar do estágio que fazia e a mãe imediatamente também teve que abandonar o emprego de vendedora para poder atender as necessidades do filho. Com o pai também desempregado e morando há apenas dez meses em Criciúma, já que são naturais de Lauro Müller, a família depende apenas da renda de uma irmã, que não está tendo condições de bancar todas as despesas sozinha.

Nova rotina

Os dias, desde então, tem sido de superação. Sem poder frequentar a faculdade, o jovem aguarda que a situação se acalme para poder realizar alguns trabalhos acadêmicos de casa e pretende voltar à universidade em breve. Os colegas de turma são grandes apoiadores e, de acordo com Jeferson, estão sendo grandes aliados na procura por medicamentos. “Eles estão sendo bem presentes, assim como meus amigos da academia onde trabalhava. Nessas horas a gente recebe força de pessoas que não imaginava que seriam tão próximas”, comentou.

O jovem morava, desde que chegou à Criciúma, com a mãe em um apartamento separado do restante da família, porém, após o acidente todos precisaram literalmente se unir para poder oferecer os cuidados necessários para ele. “Agora moramos em cinco pessoas: eu, minha mãe, meu pai, minha irmã e meu sobrinho. Todos estão fazendo a sua parte pra nos adaptarmos nessa nova fase”, explica Jeferson.

Nos últimos dias o jovem iniciou sessões de fisioterapia no Grupo Vida Ativa e deve ser encaminhado para trabalhos na Unesc. A expectativa é de que seja iniciada uma movimentação de documentos para iniciar a tentativa de conseguir um tratamento no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.

Amigos se mobilizam em prol de “vaquinha”

Nesta semana amigos de Jeferson se mobilizaram para criar uma campanha online de arrecadação de recursos para que ele consiga adquirir as duas cadeiras que precisa, além de ajudar nos gastos com remédios e curativos necessários. Na página criada no site www.vakinha.com.br a história do jovem está sendo detalhada, assim como suas necessidades.

O total colocado como meta é apenas de R$3 mil, valor inferior às necessidades, mas, conforme Jeferson, já colaboraria com a situação. Para colaborar com a causa é necessário acessar o site e buscar pelo título “Amigos do Jefe”. Na página o voluntário poderá se cadastrar e colocar sua contribuição podendo realizar o pagamento via boleto ou cartão de crédito. A medida que o saldo vai sendo contabilizado no site os números aparecem na página até que a meta seja alcançada.

Além do site, os interessados em colaborar também podem entrar em contato pelos telefones (48) 91305442, com a irmã Taise, ou (48) 9600-6955, com a mãe Edna. A conta corrente da irmã também está disponível para depósitos voluntários.

Conta corrente:

Taise Francisco
Banco Bradesco
Agência: 0345
Conta Corrente: 0155618-5

Com informações do site Clicatribuna