Segurança

Após morte de médica, Grubba manda ampliar ações contra crimes

Foto: Reprodução Facebook

Foto: Reprodução Facebook

Após a morte da médica Mirella Maccarini Peruchi, de 35 anos, em uma tentativa de assalto em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, na noite de segunda (27), o secretário de Estado de Segurança Pública, César Grubba, determinou que as polícias Militar e Civil realizem mais operações de combate à criminalidade na cidade e região.

Por volta das 21h de segunda, a médica voltava para casa quando dois jovens pediram para que ela parasse a Pajero que dirigia. Mirella não parou e os criminosos dispararam três vezes. Um dos tiros acertou a cabeça da vítima. Em seguida, o carro bateu contra uma árvore. Mirella foi encaminhada ao Hospital São José, passou por cirurgia, mas morreu por volta das 23h30. O marido dela, que também é médico, estava com a mulher no carro.

O secretário se reuniu com o comandante-geral da PM, coronel Paulo Henrique Hemm, e o chefe da Polícia Civil, delegado Artur Nitz, na tarde dessa terça-feira (28) em Florianópolis, para determinar a intensificação das ações. No mesmo período, houve uma reunião na Prefeitura de Criciúma para discutir a situação da segurança na cidade. Entidades da sociedade civil e autoridades estiveram no encontro.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, uma carta da sociedade deve ser entregue ao governador Raimundo Colombo pedindo mais segurança. Não há data definida para o encontro.

Segundo Grubba, o Batalhão da Polícia Militar de Criciúma recebeu 40 novos soldados formados recentemente. Até a publicação desta reportagem, a PM não divilgou informações sobre as ações a serem tomadas após a determinação de Grubba.

Prisão preventiva

A Polícia Civil identificou o segundo suspeito de participar da tentativa de assalto que resultou na morte da médica e pediu, nessa terça-feira (27), a prisão preventiva do jovem de 22 anos. Segundo a Central de Polícia de Criciúma, até a publicação desta reportagem, o pedido não havia sido deferido pelo juiz e o suspeito não havia sido encontrado.

Um adolescente foi apreendido pela polícia e confessou participação no crime. Ele disse que a arma utilizada era do jovem de 22 anos, o qual já foi preso por outros crimes.

Comoção 

O crime gerou comoção na cidade e muitas manifestações em redes sociais. "Estamos à mercê dessa bandidagem sem termos acesso a quem nos defender", declarou um morador de Criciúma. 

"Nos reunimos ontem com a Mirella até as 18h. Traçavamos planos e projetos a partir de hoje", lembra Flávio Spillere, diretor do hospital onde a médica trabalhava.

"Não é só a família, nós temos que nos indignar. Isso não pode continuar acontecendo", desabafou Nilson Olivo, tio de Mirella.

Cremação

Mirella era médica radiologista em um hospital particular da cidade. O velório aconteceu no crematório de Içara, no Sul de Santa Catarina. A cerimônia de cremação do corpo ocorreu às 21h dessa terça.

Com informações do site G1 SC