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Após quase sete anos, mãe acusada de matar a filha em Tubarão segue desaparecida

Silvana Seidler, 54 anos, está na lista dos mais procurados da Polícia Federal e da Interpol; ela é a principal suspeita de ter matado a própria filha Carol Seidler Calegari em 2014 em Tubarão.

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Um dos crimes mais cruéis registrados no Sul de Santa Catarina segue sem a prisão da principal suspeita: Silvana Seidler. Ela é acusada de matar a própria filha, Carol Seidler Calegari em 2014 em Tubarão.

Quando a Polícia Civil se aproximava de encontrar o corpo da menina, ela saiu caminhando sozinha da Delegacia e nunca mais foi vista. O nome de Silvana está entre os mais procurados na Interpol e na Polícia Federal.

Tudo começou no dia 22 de dezembro de 2014. Silvana se envolve em uma acidente na BR-101 e informa o suposto desaparecimento da filha. Os familiares, então, iniciam as buscas naquela manhã de segunda-feira.

“Durante a manhã naquele dia, ela já teria se envolvido em um acidente de trânsito na BR-101. Foi um acidente esquisito, porque tudo já levava a crer que ela teria jogado o carro em direção a outro veículo que vinha em direção oposto da via”, relembra o delegado, Rubem Teston.

Silvana era uma mãe atenciosa e carinhosa com a filha. Com a notícia do suposto desaparecimento de Carol, após o acidente, a avó, o pai, e outros familiares se desesperam e buscam a criança. Porém alguma coisa estava diferente com o comportamento de Silvana.

“Ela estava com a máquina de lavar lavando roupa. No quarto onde o corpo da Carol estava e não sabíamos ainda. Estava trancado. Tentamos entrar, mas Silvana disse que ali não teria nada”, afirma a avó da menina, Neide Botega Calegari.

Imagens da câmera de segurança flagram fuga

Conforme as investigações foram avançando, ainda naquele dia, os policiais e a família começaram a suspeitar de Silvana. Imagens da câmera de segurança da antiga sede da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Tubarão flagraram o momento que Silvana tenta deixar o local de carro e é impedida por familiares.

Silvana então retorna para dentro da delegacia e minutos depois deixa a delegacia a pé, sem levar nenhum pertence. A última imagem registrada de Silvana é ela deixando a delegacia para não ser mais encontrada.

Menina é encontrada em caixa de brinquedo

No mesmo dia, a Polícia Civil faz buscas na casa de Silvana e encontra o corpo da menina no quarto apontado pela Avó nos fundos da casa onde Carol morava com a mãe. O corpo foi encontrada dentro de uma caixa de brinquedos.

Ela deixou um bilhete no local do crime que dizia: “Esse é o teu presente de Natal”. Ela e o pai da menina, Gilson Botega Calegari, haviam se separado na época. Gilson não tem certeza se a mensagem foi deixada para ele, mas crê que existe essa possibilidade.

“Não precisava, mesmo que estivéssemos separados, não teve o porquê fazer isso, ainda mais uma mãe”, lamenta.

Família de Silvana, também, segue a busca

A família de Silvana Seidler também segue a procura dela. Sem ter notícias sobre ela desde o desaparecimento, os familiares seguem sofrendo pelo ocorrido e por não saberem o que aconteceu com ela.

“Nós da família da Silvana não temos notícias dela desde o ocorrido, não passamos um dia, sem nos perguntar o porquê e para onde ela pode ter ido. Se está viva ou se está morta, nós não sabemos. Estamos há quase sete anos, vivendo com essa triste lembrança e sem resposta”, disse um comunicado da família à repórter Manu Veiga da NDTV Criciúma.

Na ficha da Interpol, consta os detalhes sobre Silvana, 54 anos, nascida no dia treze de outubro de 1966, em Capão da Canoa (RS), olhos castanhos, um metro e sessenta e cinco de altura.

Lembranças que trazem dor à família de Carol

A ausência da menina ainda é sentida pelos familiares da menina, que se emocionam ao relembrar o caso.

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“Aquele corpinho eu beijei tanto, dancei tanto, fiz dormir tanto no meu colo”, com saudades recorda dona Neide, carinhosamente chamada por Carol de “nona”. “Ela era uma menina perfeita, uma menina demais”, recorda, o pai.

Com informações do site ND Mais

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