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Após suspensão, segmento que explora o turismo de avistagem de baleias mudam estratégia.

Para quem já teve a alegria de andar de barco e chegar perto das baleias-francas no litoral catarinense, sabe que observar esses mamíferos por terra não é a mesma coisa, mas a opção foi lançada pela mesma empresa que fazia os passeios náuticos.

“Com certeza, não é a mesma observação, mas queremos manter o aquecimento do turismo de inverno na região. Por isso, a partir da segunda quinzena deste mês, vamos realizar a observação por terra”, revela o diretor-geral da empresa Base Cangulo, Murilo Ternes.

As saídas dos passeios ocorrerão, de preferência pela manhã. A empresa vai oferecer transporte e material necessário para uma boa visualização.

De acordo com Murilo, um cronograma foi montado da mesma forma como ocorria com o passeio pelas embarcações. “Vamos iniciar com uma palestra de conscientização, história e proteção das baleias. Depois levamos os turistas por trilhas nos costões, ou até mesmo na praia onde as baleias estiverem”, explica Murilo.

Binóculos, água e capas de chuva compõem o material de avistagem. Segundo Murilo, muitas pessoas já reservaram vagas. Quem tem interesse em observar as baleias por terra pode ter entrar em contato pelo telefone: (48) 3354 -1606.

Turismo e segurança

A atividade de observação de baleia inicia sempre em junho e vai até novembro, como a temporada está suspensa, a Apa da baleia franca aguarda a decisão da justiça para iniciar os passeios. Três embarcações levavam os turistas para ver os mamíferos no alto mar de Imbituba e Garopaba, com avaliação e vistoria registrada pelo Ibama e pela Marinha do Brasil. A atividade aquecia a temporada de inverno. Somente no ano passado, foram quatro mil turistas nesta época.

A suspensão da atividade

Segundo Jornal Notisul, o turismo de observação de baleias-francas está suspenso em todo o estado em decorrência de uma ação civil pública ajuizada em novembro do ano passado.

O pedido foi do Instituto Sea Shepherd Brasil – Instituto Guardiões do Mar, contra o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodeversidade (ICMBio), sob a justificativa de que são necessárias medidas eficazes para proteção dos mamíferos.

A decisão foi da juíza Daniela Tocchetto Cavalheiro, da vara federal de Laguna, que prevê, inclusive, a fiscalização de embarcações nos limites e zona de amortecimento da APA da Baleia-Franca.

Representantes da unidade da APA afirmam que já existe uma exigência de fiscalização. A atividade está suspensa até que se faça um estudo confirmando sobre a proteção aos animais.