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Aposentada de 220 quilos clama por ajuda

Geni dos Santos Monteiro (Foto: Gabriel Bosa/Clicatribuna)

Geni dos Santos Monteiro (Foto: Gabriel Bosa/Clicatribuna)

Comer, tomar banho, achar uma posição confortável no sofá. Tudo que a maioria das pessoas fazem de forma natural, se torna impossível para a aposentada Geni dos Santos Monteiro, de 62 anos, que pesa 220 quilos. Conforme o site Clicatribuna, a aposentada levava uma vida normal até junho de 2011, quando precisou se submeter a uma cirurgia na vesícula. Durante o pós-operatório, a mulher de até então 90 quilos, acabou engordando de forma anormal. “Eu comecei a inchar e inchar como estou agora, nenhum médico soube me explicar o que houve de errado”, diz ela.

Ajuda incondicional da família

Atualmente a aposentada divide um apartamento de dois dormitórios com os filhos Josias dos Santos Monteiro, de 24 anos e Maria de Lurdes dos Santos Monteiro, 40 anos, mais uma neta. Devido a sua condição, a aposentada necessita de assistência 24 horas por dia, fato que obrigou os dois filhos a largarem o emprego. “É mais trabalhoso que cuidar de um neném. Tem que ficar o tempo todo de olho. Limpar, dar comida, ajudar a levantar, ajudar nas necessidades”, desabafa Maria.

Apoio dos vizinhos

Com uma renda superior a pouco mais de R$ 600 mensais, a ajuda de vizinhos é indispensável para o sustento da família. “Tem alguns vizinhos que ajudam mais. Eles nos doam alguns alimentos, roupas de cama, assim a gente vai levando”, afirma a filha.

O pequeno espaço no apartamento dificulta ainda mais a vida da aposentada. A situação chegou a um ponto tão crítico que a mulher não consegue mais passar pela porta do banheiro. Diante da situação, a família clama pela ajuda da população. “O que a gente mais quer é uma casa com mais espaço”, diz a filha. “Quem puder doar roupa de cama, alimentos, remédios, qualquer coisa já ajuda”, acrescenta ela.

Falta de apoio do Governo

Um dos fatores que causa revolta na família é a falta de apoio da Prefeitura no caso de Geni. “Eles marcam exames de sangue, de tireóide, mas não mandam ambulância para vir buscar, falam que não tem adaptada”, critica Maria. A gerente de distrito das unidades de saúde da região da Santa Luzia, Daniele Comin, nega qualquer falta de apoio do Poder Público à aposentada. “A abordagem nela deve ser de forma multidisciplinar. Nós estamos vendo o que é mais grave primeiro. Acredito que a médica responsável pelo caso dela deverá encaminhá-la para iniciar um tratamento”, explica.

Força através das crianças

Para tentar amenizar o sofrimento, a aposentada gosta de conversar com as crianças que moram no condomínio. “Elas vêm para cá, me chama de vózinha, me animam. Se não for isso, eu fico deitada o dia inteiro nesse sofá”, lamenta ela.

Como colaborar:

Caso você queira ajudar de alguma forma, basta ligar para o telefone 9631 – 7468.