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Áreas alagadas podem ser locais de contágio de leptospirose

Doença é mais comum no verão, porém, o contágio pode ocorrer em outras épocas do ano

Foto: Arquivo/Sul in Foco

Foto: Arquivo/Sul in Foco

O acúmulo de água em decorrência de enchentes pode provocar doenças na população. Uma delas é gerada pela urina do rato, a leptospirose. Essa é a forma de contágio mais conhecida pelas pessoas, mas há outros meios de contaminação.

“Podemos ter casos durante todo ano, pois a leptospirose é provocada pelo contato com a urina do rato. A contaminação pode ser direta ou indireta pela penetração da bactéria em ferimentos na pele ou pelas mucosas por longo período de exposição. A doença também é provocada através da ingestão de água e alimentos contaminados”, explicou o coordenador de agravos da Vigilância Epidemiológica de Criciúma, Jéberson Gorges, em entrevista ao Portal Satc.

Já a transmissão de pessoa para pessoa pode ocorrer, mas apenas em situações raras, no contato com secreções de pessoas infectadas.

Sintomas

Os sintomas são comuns a várias outras doenças, como febre, dor de cabeça, dor no corpo e, principalmente, nas panturrilhas. “Não é preciso ir direto ao pronto-socorro do hospital, o primeiro atendimento pode ser realizado nas unidades de saúde”, salienta Gorges. A orientação é que a pessoa não fique em casa com os sintomas por um período longo.

“Se for realmente um caso de leptospirose e houver demora no diagnóstico o paciente pode ter complicações e ser difícil de restabelecer a sua saúde”. Cerca de 40% das formas graves de leptospirose evoluem a óbito. Ainda segundo o coordenador, o tempo de recuperação vai depender do estado do paciente. O tratamento é feito por meio dos antibióticos e outras medicações sintomáticas.

Precaução

A orientação básica primária é o combate aos roedores domésticos, pois eles são os principais responsáveis pelo contágio. “É importante que a pessoa evite se expor em áreas alagadas, comer alimentos que possuam vestígios de contato com roedores e beber apenas líquidos filtrados ou tratados, evitando também colocar a boca em garrafas ou latas sem previamente lavá-los”, ensina Gorges.