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Assalto a banco em Criciúma: polícia investiga dois suspeitos de furtar do chão mais de R$ 2 milhões deixados por criminosos

Segundo delegado, eles teriam se aproveitado da movimentação criada pelo roubo e pegado nas ruas dinheiro deixado pelos assaltantes na madrugada de 1º de dezembro.

Divulgação

A Polícia Civil investiga dois suspeitos de furtarem mais de R$ 2 milhões do chão das ruas após o assalto a uma agência bancária em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, no início da madrugada de 1º de dezembro. Os policiais acreditam que eles tenham se aproveitado do dinheiro deixado na rua pelos criminosos após o roubo.

O assalto ocorreu entre a noite de 30 de novembro e madrugada de 1º de dezembro. Aproximadamente 30 homens com armas de grosso calibre cercaram a área central da cidade, onde fica o banco, durante quase duas horas. Foram feitos reféns e um policial militar foi baleado e ficou mais de dois meses no hospital.

As duas pessoas que teriam furtado o dinheiro do chão aparecem em imagens de câmeras de monitoramento, segundo o delegado Carlos Emílio. Elas cometeram o crime ainda na madrugada de 1º de dezembro.

“Aproveitando-se da situação que os criminosos criaram deixando o dinheiro pra trás, essas pessoas acabaram furtando essa quantia. E não foi pouco, não. Mas ainda não conseguimos identificar as pessoas, porque as imagens são noturnas, é difícil de ver. Estamos investigando”, disse o delegado à NSC.

Ainda em 1º de dezembro, quatro homens foram presos pelo furto das cédulas abandonadas pelos criminosos. Segundo a Polícia Civil, eles foram encontrados em um apartamento com mais de R$ 810 mil dentro de duas malas.

Roubo de cerca de R$ 125 milhões

A Polícia Civil confirmou que os criminosos responsáveis pelo assalto roubaram cerca de R$ 125 milhões do banco. O valor aproximado apareceu em uma decisão judicial e foi confirmado pelo delegado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, Anselmo Cruz.

Uma decisão recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) cita um valor aproximado que teria sido roubado no crime. O delegado Anselmo Cruz explicou que o banco precisou fazer “diversas operações” para chegar à contagem final de R$ 125 milhões.

“Houve valores recuperados em via pública, espalhados no interior do prédio, bem como com pessoas que ‘pegaram’ dinheiro nas imediações e foram identificadas pelas forças policiais. Também houve a necessidade de análise de milhares de notas danificadas durante o arrombamento”, afirmou o delegado.

Investigações

A Justiça autorizou 16 pedidos de prisão preventiva contra suspeitos de envolvimento no assalto. Esse grupo representa apenas uma parte da investigação sobre o roubo. Com o inquérito principal mantido sob sigilo, a Polícia Civil espera ainda o indiciamento de outros criminosos.

Por enquanto, o único inquérito encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) envolve a ligação de organizações criminosas com o assalto. Segundo a Polícia Civil, 15 pessoas foram identificadas e presas e uma segue foragida.

O Poder Judiciário catarinense informou que a denúncia do MPSC foi aceita contra todos os 16 denunciados em 11 de fevereiro.

O que se sabe do assalto:

  • Cerca de 30 pessoas encapuzadas assaltaram uma agência do Banco do Brasil no Centro de Criciúma às 23h50 de 30 de novembro. A ação durou 1 hora e 45 minutos.
  • Pessoas foram feitas reféns e cercadas por criminosos; houve bloqueios e barreiras para conter a chegada da polícia.
  • Um PM ficou ferido e precisou passar por cirurgias.
  • Criminosos fugiram, e parte do dinheiro ficou espalhada pelas ruas.
  • Quatro moradores foram detidos após recolherem R$ 810 mil que ficaram jogados no chão devido à explosão durante o assalto.
  • Criminosos também deixaram 30 quilos de explosivos para trás. Polícia não sabe o total utilizado.
  • 10 carros usados no assalto foram apreendidos em um milharal de uma propriedade privada em Nova Veneza, a noroeste de Criciúma.
  • A PM acredita, baseada em manchas de sangue encontradas nesses veículos, que pelo menos dois criminosos tenham se ferido.
  • Um galpão usado para a pintura desses veículos foi encontrado em 2 de dezembro. O local fica em Içara, cidade vizinha a Criciúma.
  • Em nota, o Banco do Brasil disse que funcionários não foram feridos e que não informa “valores subtraídos durante ataque às suas dependências”.
  • Os criminosos levaram cerca de R$ 125 milhões.
  • 13 pessoas suspeitas de envolvimento no assalto foram presas.
  • As autoridades de Santa Catarina afirmam que este foi o maior assalto da história do estado.
  • Criciúma é a mais importante cidade do Sul catarinense. Ela tem 217.311 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que a torna o quinto maior município do estado.

Com informações do site G1/SC

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