Segurança

Assassinato de Vivian completa um ano

Foto: Divulgação

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Era uma tarde de quarta-feira, há um ano, que a jovem universitária Vivian Laís Phillipi, de 17 anos, sairia de casa para procurar emprego. O caminho dela cruzou com Mateus, que a matou em um depósito de uma construção civil no Bairro Jardim Silvana, em Içara, próximo a residência onde ela morava.

Vivian teve ali, a sua vida interrompida. Mesmo condenado, em primeira instância, familiares afirmam que mesmo com o assassino preso, não vão trazer a jovem de volta.

17 anos mais velha que a Vivian, Jane Phillipi, a mais velha dos cinco filhos que os pais da Vivian, João e Anna Luiza, se casou jovem e, por isso, não conviveu diariamente com ele, porém sente a dor da perda de uma irmã. “A gente tenta seguir a vida, mas notamos a tristeza dos meus pais. A gente não sabe como é perder um filho. Eu tenho dois. E a gente não sabe como é”, comentou Jane Phillipi. Jane também comenta a relação com os pais após o bárbaro crime. “O pai até tenta se animar com as crianças (netos), brincar, a gente nota uma tristeza. Já a mãe, ela é muito emotiva, ela chora muito. Qualquer coisa que lembre ela, ela chora”, declarou.

“Quero lembrar das coisas boas”

Familiares e amigos de Vivian vão se reunir neste sábado, às 19h, na Paróquia São Donato, no Centro de Içara. Vivian será lembrada na missa, que marca um ano do falecimento. A ideia é que ela seja lembrada em oração e silêncio. “Eu vou lá dar um abraço, pois não vou participar da missa, pra não lembrar da morte. Quero lembrar as coisas boas, que convivemos juntas.

Quando ela e a Carol (irmã mais nova) iam lá em casa passar a semana comigo, quando elas eram menores. Fazia outras brincadeiras, abastecia a geladeira com iogurte, que ela tanto gostava ”, relembrou emocionada.

Relembre o caso

O corpo de Vivian foi encontrado na tarde do dia 4 de março. O Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma constatou que a morte da universitária foi constatada como asfixia por estrangulamento e traumatismo craniano. Na noite do dia 17 de abril, Mateus Júlio da Silva, 19 anos, foi preso, após o material genético apontar o jovem na participação do assassinato. Uma denúncia anônima teria indicado Mateus na participação do crime.

Ao longo das investigações e dos trâmites judiciários, Mateus apresentou três versões sobre o caso.  A última, próximo a data do julgamento, ele escreveu uma carta de confissão ao juiz e a agentes penitenciários, dizendo teria cometido o crime.

No dia 15 de dezembro, a sentença. Mateus foi condenado a 30 anos em regime inicialmente fechado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e estupro contra a jovem.  Mateus havia confessado o crime, porém negado insistentemente que não cometeu estupro. Porém, não convenceu o júri, composto por sete pessoas.

Além da prisão, Mateus terá que desembolsar R$200 mil de indenização para a família da vítima. A defesa de Mateus recorreu da decisão do tribunal do júri e já está no Tribunal de Justiça. O advogado Vicente Machado pediu a anulação do tribunal do júri. 

Reportagem especial de Giorgio Guedin – Jornal Atribuna