Segurança

Assassinos de adolescente ligado ao PGC são absolvidos

Foto: Giorgio Guedin / Clicatribuna

Foto: Giorgio Guedin / Clicatribuna

Os dois réus, Gustavo Hector Maximiano e Tharlie Teixeira, que assassinaram o adolescente Matheus Borges Teodoro em 2013, na época com 17 anos, no Bairro Paraíso, em Criciúma, foram absolvidos pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e corrupção de menores, após a realização de júri popular, que foi realizado durante o dia de ontem, no Fórum de Criciúma, e contou com a presença de estudantes de direito, familiares dos réus e da imprensa. Os jurados entenderam que houve o princípio de legítima defesa da dupla e levaram em conta a extensa ficha criminal da vítima do homicídio.

A defesa de um dos absolvidos comemorou a decisão. “Pelos nove tiros, foi uma situação complicada para a defesa, mas o histórico da vítima contribuiu para essa absolvição e acredito que foi a coisa mais justa que se fez”, comentou o advogado Alessandro Damiani. Como forma de garantir a absolvição, uma mãe de uma vítima de um homicídio praticado pelo menor foi usada como testemunha de defesa.

Relembre o caso

O caso foi registrado na noite do dia 2 de outubro de 2013 no Bairro Paraíso, em Criciúma. Quando três adultos e um adolescente mataram Matheus, que foi atingido por nove tiros. Uma mulher ainda também foi atingida no antebraço, por engano. O crime foi motivado por uma vingança. Na manhã do dia 2, o menor teria ameaçado Tharlie e efetuado um disparo, que não o atingiu. Acuado, ele e os outros envolvidos, todos vizinhos, se uniram para assassinar Matheus.

Aproximadamente dois meses após o crime, a Divisão de Investigação Criminal – DIC de Criciúma elucidou e deteve os quatro envolvidos no caso, os dois absolvidos, um rapaz de 20 anos, que foi liberado após colaborar nas investigações e um adolescente, na época com 15 anos. No dia do crime, segundo a Polícia, foram usadas seis armas, que não foram encontradas. O adolescente era membro do Primeiro Grupo Catarinense – PGC, com posição de executor nas ruas de ordens da facção, como assassinatos, tentativas de assassinatos e assaltos, além de ser responsáveis por pelo menos quatro homicídios em Criciúma. “Era um adolescente bastante problemático e ultimamente estava bem alucinado por conta das drogas e do envolvimento na criminalidade”, comentou o delegado André Milanese, à época da elucidação do crime.

Durante o trâmite judiciário, que durou cerca de 2 anos e cinco meses, o Ministério Público ofereceu denúncia pelos crimes de homicídio, contra a vida de Matheus, pela tentativa de homicídio contra a mulher que foi alvejada erroneamente pelo grupo e também pelo crime de corrupção de menores, já que havia de um adolescente de 15 anos envolvido no momento do assassinato.

Com informações do site Clicatribuna