Em reunião, associados decidiram procurar o Tribunal de Santa Catarina em favor da categoria
Os associados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul de Catarinense (Sinduscon) resolveram se unir em favor da classe. Em uma reunião realizada na sede do Sindicato, junto dos advogados e da promotora geral do Município, Erica Ghedin Orlandi, os empreendedores decidiram se mobilizar e procurar o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em Florianópolis. A intenção é reverter a decisão da liminar que prevê o cancelamento de algumas obras que já foram aprovadas pelo antigo Plano Diretor de Criciúma, mas que ainda não foram iniciadas.
No começo da reunião, o presidente do Sindicato, Jair Savi, relatou a verdadeira situação dos empresários da construção civil. “São 26 empreendimentos dos associados ao Sinduscon prejudicados com a decisão. Isso representa aproximadamente mil unidades habitacionais”, complementa Savi.
Na ocasião, a promotora lembrou que o juiz titular de Criciúma reconsiderou em parte o pedido dos empresários, liberando para construção também os projetos que já estão incorporados, ou seja, já à venda. O Ministério Público de Criciúma, no entanto, deve recorrer a essa decisão. “Agora vamos esperar pelo Tribunal, ver se ele considera a reversão da liminar. É importante a participação de todos os empresários para mostrar ao TJ que o assunto é de interesse público. Temos de ir a Florianópolis e fazer o possível para que permaneça o julgamento do agravo”, esclarece.
Para o presidente da Associação Empresarial de Criciúma, Olvacir Bez Fontana, o cenário não está favorável aos empresários. “Quem já iniciou as obras, ou então tem projetos com um número pequeno de pavimentos não precisa se preocupar. No entanto, aqueles que não se enquadram nestas situações serão prejudicados”, expõe. “A nossa defesa está baseada na legalidade e no lado social. Vamos continuar lutando para que a liminar não seja aprovada”, completa a promotora.
Ontem, representantes do Sindicato estiveram em Florianópolis a fim de tentar agendar uma reunião no Tribunal.
Samira Pereira/Ápice Comunicação