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Ato questiona negociação da Unisul

Foto: Guilherme Simon/DS

Um ato organizado pelo Sindicato dos Professores e Auxiliares de Administração Escolar de Tubarão – Sinpaaet foi realizado ontem, em frente ao Shopping da Unisul, sendo contrário à negociação da universidade com grupos educacionais.

Segundo o sindicato, há indícios de que a instituição possa ser vendida. A Unisul, por outro lado, nega que haja qualquer possibilidade de venda e afirma que está em busca de parcerias para vencer a crise financeira.

O protesto começou por volta das 17h30min, reunindo cerca de 50 pessoas, entre professores, funcionários e estudantes. A presidente do Sinpaaet, Gisele Vargas, argumentou que a possibilidade de venda é real ao afirmar que “dar um patrimônio e receber, em troca disso, dinheiro, não é uma parceria, é uma venda”.

Para Gisele, uma negociação como essa teria reflexos negativos para toda a comunidade, com possibilidade de demissão e de aumento de mensalidades. “O que vimos em outras universidades que fizeram algo parecido foi que houve um desmonte, com demissões em massa e perda da qualidade de ensino”, declarou.

A presidente do Sinpaaet reiterou que o protesto era para defender um patrimônio que pertence à cidade e que a Unisul não pode ser tratada como uma empresa privada. Ela cobrou mais transparência dos gestores. “A transparência que se tem não condiz com o tamanho da crise”, afirmou.

Como alternativas, Gisele Vargas disse que o sindicato defende a possibilidade de municipalização ou federalização da Unisul em lugar da negociação com um grupo privado.

Um grupo de estudantes do curso de Medicina Veterinária apoiou o protesto. “Acreditamos que falta transparência nas ações da universidade. Além disso, o nosso curso vem sofrendo com falta de repasses e defasagem”, disse o estudante Vinícius Bagio de Souza. Os acadêmicos temem ser prejudicados com a demissão de bons professores e a terceirização de laboratórios.

Universidade nega possibilidade de venda

Por meio da assessoria de imprensa, a Unisul voltou a negar que haja qualquer negociação no sentido de vender a instituição. A respeito do protesto promovido pelo Sinpaaet, a universidade disse que não iria se manifestar.

Semanas atrás, em carta aberta aos funcionários, o reitor da Unisul, Mauri Luiz Heerdt, declarou que há conversas com grupos educacionais para que seja feita uma parceria e que esta seria uma das alternativas contra a crise financeira.

O reitor frisou a necessidade de a universidade se reinventar diante de novos desafios.

“Muitas pessoas expressam seus medos e angústias em relação aos empregos por conta de parcerias que podem vir a serem firmadas. Eu diria o contrário: nossa maior ameaça ao emprego está exatamente no fato de não querermos ver a realidade como ela é e de não buscarmos soluções novas para hoje e amanhã num cenário em que a colaboração entre instituições é a regra”, escreveu em um dos trechos.

Com informações do Jornal Diário do Sul

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