Educação

Aulas ameaçadas com possibilidade de nova paralisação dos professores

Assembleia regional do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) aconteceu nesta quarta-feira, em Criciúma.

Em torno de 300 professores compareceram, na tarde desta quarta-feira, ao auditório do Colégio Sebastião Toledo dos Santos, o Colegião, em Criciúma. A assembleia regional do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) definiu três encaminhamentos principais. A possibilidade de uma nova paralisação não está descartada, dependendo da proposta que o Governo do Estado apresentará nos próximos dias. O encontro contou com a presença da executiva estadual do Sinte, incluindo a da coordenadora Alvete Bedin.

“O primeiro encaminhamento é a paralisação total da categoria no dia 15 deste mês, uma quinta-feira, para que todos possam ir à assembleia estadual em Florianópolis. Lá nós vamos analisar a proposta do Governo quanto às nossas reivindicações”, antecipa a coordenadora regional do Sinte, Cíntia dos Santos.

As quatro exigências dos professores em relação a questões trabalhistas são o cumprimento do piso nacional da categoria, reajustado em 22,2% em janeiro; uma revisão no plano de carreira; a realização de um concurso público e uma revisão na lei dos profissionais admitidos em caráter temporário (ACTs).

“O segundo surgiu quando discutíamos sobre o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta. Vamos exigir que uma creche funcione no período noturno em Criciúma, já que 90% dos professores são mulheres. Muitas delas são chefes de família, têm filhos e não há onde deixá-los à noite para ir trabalhar”, explica Cíntia.

“O terceiro encaminhamento é quanto ao SC Saúde”, afirma a coordenadora regional do Sinte, referindo-se ao plano de saúde dos servidores estaduais. “Queremos a suspensão do desconto referente ao plano na folha até que o atendimento seja regularizado, porque faltam profissionais em várias especialidades”, diz Cíntia.

De acordo com ela, uma nova paralisação não está descartada. “Vamos analisar na assembleia estadual. Não posso descartar nenhuma possibilidade. Vai depender muito do que o Governo nos apresentar. Lá nós vamos ‘medir a febre’. Acreditamos que a participação vai ser massiva, porque a categoria está indignada”, comenta.

O Governo do Estado deve agendar uma audiência com as lideranças do Sinte até a próxima quarta-feira, dia que antecede a assembleia estadual da categoria.

A Tribuna
Foto: Renan Medeiros