Saúde

Autoridades alertam para nova onda de gripe no estado

A Secretaria de Saúde convocou a população a procurar as unidades de saúde nos primeiros sintomas da doença.

Foto: Rafael Andrade / Notisul

Foto: Rafael Andrade / Notisul

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina divulgou, ontem, um balanço que indica uma nova onda de gripe no estado nos próximos dois meses e que o uso da medicação Tamiflu, prescrita para a Influenza, pode reduzir o risco de morte. Representantes da secretaria pedem que a população procure as unidades de saúde nos primeiros sintomas da doença.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina – Dive, até ontem foram registrados 75 casos de morte por gripe em terras catarinenses, 71 pelo vírus Influenza A H1N1, duas pelo Influenza A aguardando subtipagem e duas pelo Influenza B. Ao todo, 616 casos de Influenza foram confirmados no ano.

Conforme o secretário de Saúde, João Paulo Kleinübing, o pico da doença veio mais cedo, entre março e abril, quando nos outros anos ocorria entre junho e julho. “Isso reforça a nossa preocupação que neste mês e em agosto possa ter um novo número de casos, por isso a preocupação em reforçar as ações de prevenção e dos profissionais para começar o tratamento o quanto antes”, disse Kleinübing.

De acordo com a Secretaria, não será mais feita nenhuma ação de vacinação no estado, que ocorreu até maio. “Todas as metas de vacinação estipuladas em Santa Catarina foram alcançadas, mas agora é reforçar essas ações de prevenção com nosso plano e trabalhar especificamente naqueles municípios onde há maior número de casos”, informa o secretário Kleinübing.

Vacinação e prevenção são os melhores remédios

A campanha de vacinação contra a gripe em Santa Catarina, realizada entre os últimos dias 25 de abril a 20 de maio, encerrou atingindo uma cobertura de 98% em todos os grupos prioritários. É uma estratégia eficaz na redução da doença grave entre a população mais vulnerável.

Além da vacinação, outras formas eficientes de prevenção para a gripe são lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia e adotar a chamada etiqueta da tosse. Isso porque as mãos são um importante veículo de transmissão do vírus da gripe, como o influenza. A partir do contato com um doente ou com uma superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, se a pessoa levar a mão ao rosto, causando doença grave se não tratada a tempo.

O vírus é transmitido de pessoa a pessoa a partir das secreções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou do espirro. “Ele pode, também, sobreviver por horas no ambiente, especialmente em superfícies tocadas frequentemente por várias pessoas, como corrimão, interruptores de luz, maçanetas, carrinhos de supermercado, entre outros”, alerta a gerente de Imunização da Dive/SC, Vanessa Vieira da Silva.

Por isso, é importante evitar tocar os olhos, a boca e o nariz após o contato com essas superfícies até lavar as mãos. Outras recomendações são evitar compartilhar objetos de uso pessoal e permanecer em ambientes sem ventilação e com aglomeração de pessoas.

Casos de óbitos são analisados no Lacen

Desde o fim do ano passado, Santa Catarina não recebia kits para a realização de exames de influenza do Ministério da Saúde – MS. Em abril deste ano, o Laboratório Central de Saúde Pública – Lacen/SC passou a realizar exames somente nos casos de óbitos e outras prioridades, pois o estoque de insumos estava baixo. Paralisadas no dia 8 de maio por falta de insumos, as atividades já foram retomadas, com a chegada dos kits encaminhados pelo MS.

Com informações do Jornal Notisul