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Avó e neto celebram o amor intenso

Foto: Gilmar Estevam

Avó é mãe com açúcar. A máxima – no dia dedicado aos avós – não poderia ser mais bem empregada quando se trata da relação de dona Maria Gomes Pereira e seu neto Guilherme Pereira Garcia. E também com seus outros 23 netos e 18 bisnetos, que, como boa avó, não pode se esquecer de nenhum.

Guilherme, que tem 28 anos, conta que foi “criado” por sua avó Maria, ou melhor, vó Joca (como só ele a chama), desde que tinha três anos de idade. “Minha mãe começou a trabalhar e me deixava com ela para que cuidasse de mim. Cuidou tão bem, que nunca mais quis sair da casa dela”, brinca.

Ele diz que com o passar do tempo a relação entre eles foi ficando cada vez mais intensa. “Um dia, minha mãe foi me buscar pra ir pra casa, e eu disse que queria ficar morando com a minha avó. Ela é minha vida”, conta, emocionado.

Quando tinha dez anos de idade, seu avô ficou doente e, durante três anos, foi Guilherme quem mais ajudou a avó nos cuidados com o marido. “Para mim, era um prazer poder cuidar do meu avô, e ainda ajudar minha avó. Quando tinha 13 anos, meu avô faleceu, e ficamos só nós dois em casa, e a cada dia nossa relação ficava ainda mais forte”, lembra.

Hoje, dona Maria está com 88 anos (vai fazer 89 no próximo mês, como ela faz questão de frisar). O convívio não é mais diário – Guilherme precisou sair de casa para cursar a faculdade, já que ela mora em Jaguaruna e ele veio estudar em Tubarão –, mas a ligação continua intensa, e durante todos os finais de semana eles estão juntos novamente em casa.

“Minha avó é minha vida. Meu tudo. Tudo o que sou devo a ela, a educação que recebi dela, seus valores, princípios passados para mim. Meu caráter se formou com base no que ela me ensinou. Dedico tudo a ela”, destaca Guilherme.

Para dona Maria, Guilherme é mais que um neto, é o seu filho mais novo. “Amo todos meus filhos, meus netos e meus bisnetos, mas com o Guilherme é algo mais intenso. Tenho muito amor por ele, e agora que ele não mora mais comigo, faz muita falta. Mas não tem nenhum dia que não pense nele ou que não tenha contato com ele. Ele é um menino de ouro”, derrete-se.

Avó orgulhosa

Com 11 filhos, 24 netos e 18 bisnetos, e uma vitalidade de dar inveja aos mais novos, dona Maria diz que gosta muito de ser avó. “Não escolhi ser avó, os netos foram vindo e eu os amo. E amo ser avó. Sou uma avó que mima, mas que educa. Aqui em casa todos aprendem a ter respeito, a serem educados. E consegui isso. Todos são muito bons”, orgulha-se.

Fotos e tatuagem eternizam a grande ligação

Para marcar todo este amor entre avó e neto, numa relação intensa de convivência, Guilherme e dona Maria fizeram um ensaio fotográfico. O local foi escolhido por ela. “Na realidade, era meu sonho eternizar alguns momentos com ela através de fotos. E ela aceitou, desde que fosse no lugar onde ela se sente melhor: a casa dela. E assim foi feito”, conta o neto amoroso.

Ele conta que a avó é que foi dizendo como queria as fotos, dando todas as sugestões. “E o resultado ficou lindo. Conseguimos passar nosso amor através das fotos”, afirma.

Além de eternizar momentos nas fotos, Guilherme eternizou também todo esse amor de avó e pela avó com uma tatuagem. “Pedi a ela que escrevesse uma frase para mim. Ela escreveu, e eu tatuei, com a letra e a assinatura dela”, conta. A frase, cheia de significados, diz: “Você acredita em anjo? Pois é, sou o seu. Vó Joca”.

Guilherme descreve sua avó como uma mulher batalhadora, forte, incansável, que se dedicou a educar os filhos e netos com amor, conciliando o trabalho na roça. “Até hoje, se precisar, ela corta lenha. É toda independente. Tem mais resistência que eu. Além de excelente memória”, afirma. “Queira Deus que eu seja só um pouquinho do jeito que ela é”, derrete-se.

Foto: Gilmar Estevam

Origem da data

A data para o Dia dos Avós, hoje, foi escolhida por ser o dia em que a igreja celebra a festa de Sant’Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. Após a festa de São Joaquim ter sofrido várias alterações ao longo dos tempos, no século 20 o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima.

Com informações do Jornal Diário do Sul

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