Economia

Bancários decidem manter a greve após reunião terminar sem acordo

Greve dos bancários completou 3 semanas e é a mais longa da categoria. Uma nova rodada de negociações foi marcada para esta quarta-feira.

Foto: Jaílton Garcia / Contraf-CUT

Foto: Jaílton Garcia / Contraf-CUT

A reunião da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf-CUT com a Federação Nacional dos Bancos – Fenaban desta terça-feira (27) terminou sem acordo, e os bancários decidiram manter a greve. Uma nova rodada de negociações foir marcada para quarta-feira (28), às 15h.

No 22º dia de greve, 13.449 agências e 36 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, segundo o último balanço da Contraf-CUT. É a greve mais longa já realizada pela categoria dos bancários.

Em Santa Catarina, as adesões são maioreis nas regiões da Grande Florianópolis, com 2 mil trabalhadores paralisados. Em Criciúma, dos 800 bancários da região, ao menos 650 estão em greve.

Andamento da negociação

A última proposta apresentada pelos bancos no dia 9 de setembro foi de reajuste de 7% para os salários e benefícios, mais abono de R$ 3.300 a ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo. A proposta foi recusada pelos sindicatos.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho

Agências fechadas

Segundo último balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf-CUT, a greve fechou 13.420 agências e 33 centros administrativos na segunda-feira (26). A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras. De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas, segundo último balanço do Banco Central.

Negociações

A categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

A Fenaban disse em nota que a última proposta apresentada "resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos doze meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários".

Atendimento

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos – Febraban lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

Com informações do site G1