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Bancários entram em greve nesta quinta-feira

Pagamento de títulos deve ser antecipado para esta quarta-feira (18)

Foto: Divulgação

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Com a mesa de negociação fechada pelos banqueiros, os cerca de 400 mil bancários de todo o país param as atividades a partir desta quinta-feira (19) por tempo indeterminado. Na Assembleia do dia 12 eles rejeitaram a única proposta apresentada pela Fenaban de reajuste de 6,1% (reposição da inflação) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas.

Para não prejudicar os serviços a clientes e usuários, o Sindicato  dos Bancários de Criciúma e região orienta àqueles que não são clientes bancários para a retirada de cartões, desconto de cheques, pagamento dos títulos e demais operações bancárias que necessitem de atendimento interno nas agências para anteciparem as operações até esta quarta-feira (18).

No período de paralisação, apenas os clientes poderão fazer as transações como pagamento de títulos, depósitos e saques nos caixas eletrônicos que estarão funcionando normalmente. Inclusive, segundo Julio Zavadil, diretor do Sindicato, os cheques emitidos serão compensados normalmente. “Para o saque de vencimentos salariais dos aposentados e pensionistas o atendimento será mantido. Não queremos prejudicar a população, sim, lutar pela valorização do nosso trabalho, lembrando que lutamos também por mais contratações de trabalhadores em alguns bancos possibilitando agilidade no atendimento aos usuários e menos tempo nas longas filas,” avalia.

Na região a greve deve atingir nove municípios de base: Criciúma, Içara, Forquilhinha, Nova Veneza, Urussanga, Morro da Fumaça, Treviso, Siderópolis e Cocal do Sul, abrangendo 50 agências e cerca de mil trabalhadores.

Na Campanha Nacional dos Bancários desse ano: #vempralutabancárioebancária os trabalhadores reivindicam: Reajuste salarial de 11,93%%, – 5% de aumento real mais  INPC de 6,6%%; PLR de três salários; piso de R$ 2.860,21; Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; mais contratações entre outros.

Impedir a votação do PL 4330 da terceirização do trabalho é prioridade da categoria

Uma das prioridades da Campanha Nacional desse ano é impedir que entre em votação na Câmara dos Deputados o PL 4330 de Sandro Mabel (PMDB-GO) que legaliza as terceirizações e pode colocar fim na categoria bancária. Para isso, uma mobilização reunirá trabalhadores de todo o país nesta quarta-feira (18).

Conforme o texto, o Projeto de Lei traz inúmeros prejuízos à classe trabalhadora não apenas dos bancários, como autoriza a terceirização nas empresas, possibilitando a substituição dos atuais 45 milhões de trabalhadores contratados diretamente por prestadores de serviços; os salários, benefícios e demais direitos, mesmo que o trabalho seja prestado de maneira idêntica e no mesmo ambiente de trabalho da empresa contratante, serão diferenciados, de acordo com a natureza da atividade desempenhada.

De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Dieese, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos.

Colaboração: Maristela Benedet/Contraf/CUT