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Bancários vão entrar em greve a partir do dia 19

Decisão foi tomada em assembleia nessa quinta-feira

Foto: Maristela Benedet

Foto: Maristela Benedet

A maioria dos bancários rejeitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ao Comando Nacional dos Bancários, no dia 5 de setembro de reajuste de 6,1% (reposição da inflação) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas na assembleia realizada nessa quinta-feira, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em Criciúma.  Em Criciúma são cerca de mil trabalhadores distribuídos em nove municípios de base do sindicato.

Se não houver sinalização de nova proposta, a greve inicia no dia 19 de setembro. As assembleias acontecem em todas as regiões do país. O presidente do Sindicato dos Bancários de Criciúma e região, Ronald Pagel Soares, afirma que as mesas de negociação foram fechadas pelos banqueiros. “Os bancos concentram a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial. Os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre lucrando R$ 27 milhões por hora enquanto o poder de renda dos bancários vem caindo e isso é uma vergonha”.

O direto do sindicato, Edegar Generoso, salienta que a prioridade é impedir a votação do PL 4330 que acaba com a categoria, terceirizando as condições de trabalho. “Estamos vivendo um momento complicado nas relações de trabalho. Correndo o risco de perdermos nossos empregos com demissões em massa. Esse ano a luta nessa greve é mais do que os salário nossa mobilização é para mantermos nossa profissão e garantir o emprego das demais gerações”, avalia.

Na Campanha Nacional dos Bancários desse ano com o tema: #vempralutabancárioebancária os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 11,93%%, sendo 5% de aumento real mais inflação de 6,6%%; PLR: três salários mais R$ 5.553,15; piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese); auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês; melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; fim das demissões, mais contratações; combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho; prevenção contra assaltos e sequestros.

Colaboração: Maristela Benedet