Geral

Banco Central revisa previsão de queda da economia neste ano

Inflação deve fechar este ano em 4,3% e chegar a 3,44% em 2021

Divulgação

O Banco Central (BC) espera por uma retração menor da economia brasileira neste ano e inflação mais elevada em relação à expectativa anterior. Em 2021, a inflação será menor e a economia voltará a crescer, segundo projeções divulgadas hoje (17) no Relatório de Inflação.

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os preços, bens e serviços produzidos no país, neste ano foi revisada de 5%, em setembro, para 4,4%.

Para o BC, a incerteza sobre o ritmo de crescimento em 2021 segue “acima do usual” e depende do “arrefecimento gradual” da crise gerada pela pandemia de covid-19, de ajuste fiscal e da continuidade das reformas da economia. Com isso, o BC reduziu a previsão de crescimento do PIB, no próximo ano, de 3,9% para 3,8%.

Sobre a economia mundial, o BC avalia que o aumento de casos de covid-19 leva a novas medidas de isolamento social, o que reduz a atividade econômica, mas com efeito esperado apenas no curto prazo. “A ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo. No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas contra a covid-19 tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo”, diz no relatório.

Inflação

O BC ajustou a previsão de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 2,1% para 4,3%, em 2020. Para o próximo ano, a estimativa passou de 2,9% para 3,4%. Para o BC, a inflação permanecerá em 3,4% em 2022 e cairá para 3,3% em 2023.

“A inflação ao longo do ano tem refletido basicamente o forte movimento de atividade econômica, associado à crise da pandemia de covid-19 e aos programas de crédito e de recomposição de renda [como o auxílio emergencial], em conjunto com pressões de custos decorrentes do aumento dos preços de commodities [produtos primários com cotação internacional] e de taxa de câmbio em níveis persistentemente mais elevados”, diz o BC.

No relatório, a instituição acrescenta que “pressões localizadas em alguns produtos também têm contribuído, como nos casos da carne, do arroz e da soja”.

Crédito

O relatório também traz projeção para o crescimento do saldo das operações de crédito no país. Essa estimativa subiu de 11,5%, em setembro, para 15,6%. “O aumento decorre tanto da demanda acentuada de crédito das empresas quanto pela recuperação do crédito às famílias, em especial no segmento com recursos livres”, afirma o BC.

Para 2021, a estimativa de crescimento do estoque de crédito foi elevada para 7,8%, ante previsão anterior de 7,3%.

Contas externas

A projeção de déficit em transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, foi reduzida em 2020 para US$ 7 bilhões (0,5% do PIB), refletindo “o desempenho favorável das exportações. “Essa melhora foi em parte compensada pelo aumento nas importações e pelo maior déficit na conta de renda primária [lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários]”. A previsão anterior era de saldo negativo de US$ 10 bilhões neste ano.

A previsão para os investimentos diretos no país (IDP), que vão para o setor produtivo da economia, neste ano é US$ 36 bilhões, com recuperação em 2021. A previsão para esses investimentos no próximo ano passou de US$ 65 bilhões para US$ 60 bilhões.

Notícias Relacionadas

Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, morre aos 51 anos

Anderson lutava contra um câncer desde 2022

Suspeito de matar enfermeiro no estacionamento de UPA em SC é preso com armas e drogas, diz polícia

Prisão ocorreu quase um mês após assassinato. Segundo a Polícia Civil, Abner Luiz Camelim estava dentro de um carro quando foi atingido.

Sete golfinhos são encontrados encalhados no Litoral Norte de SC no 1º trimestre, diz projeto

Animais foram encontrados já sem vida em praias de Balneário Barra do Sul, São Francisco do Sul e Itapoá. Números são referentes ao período de 1º de janeiro a 30 de março de 2024.

SC dobra frota nos últimos 15 anos e chega à marca de 6 milhões de veículos

Estatísticas do Detran/SC mostram crescimento