A administração da unidade hospitalar nega a afirmação.
A morte de uma criança, momentos antes de nascer no Hospital Henrique Lage, foi motivo de polêmica nesta terça-feira (09) em Lauro Müller. Os familiares, que residem na cidade, alegam negligência médica e hospitalar pela demora na realização do parto. A administração da unidade hospitalar nega a afirmação.
A avó da criança, Maria Aparecida Fernandes Gomes, desabafou durante entrevista à Rádio Cruz de Malta, relatando o trajeto que a nora passou ao longo da última semana. “Fomos até o hospital na semana passada e simplesmente nos mandaram embora. Afirmaram que ainda não estava no momento do parto. Pediram para que retornássemos nesta segunda, mas ela teve complicações ao longo da semana. O bebê teria que ter nascido no dia 2”, relata.
Com as complicações, segundo a avó, a família foi encaminhada até outras cidades para a realização de exames. “Mandaram-nos para Içara para uma ultrassonografia e ver se o bebê estava vivo. Chegando lá, o médico não tinha autorizado realizar o procedimento, pois não havia sido comunicado. Fomos ao Hospital São José em Criciúma. De lá, fomos encaminhados para o hospital São Marcos de Nova Veneza, onde constataram que a criança estava morta”, conta.
O médico e cirurgião que atendeu a gestante, José Luiz Madeira, informou que a morte foi ocasionada por uma situação clínica da gestante. “Houve um deslocamento prematuro de placenta, causando a falta de oxigênio para o feto e consequentemente, o óbito do mesmo”, afirmou.
De acordo com a direção do Hospital Henrique Lage, de 2013 até hoje, já nasceram 617 crianças na instituição. Segundo eles, não houve negligência. “Lamentamos muito esta fatalidade. Trata-se de um caso atípico. Não podemos comprometer o excelente trabalho e dedicação de toda a equipe do hospital”, ressaltou o diretor Diego José Cifuentes ao Portal Sun In Foco.