Segurança

Bicheiros catarinenses são suspeitos de usar criptomoedas para lavar fortuna, diz polícia

Polícia aguarda retorno de plataformas que operam negociações de criptoativos para saber o montante que pode ter sido lavado

Divulgação

O grupo de bicheiros que teve cerca de R$ 20 milhões em bens bloqueados em operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (12) também pode ter lavado dinheiro em criptoativos. A fortuna, conforme os investigadores, vem do faturamento do jogo do bicho em Florianópolis e região.

Já há ordem judicial para bloqueio desse montante em criptomoedas que, por ora, ainda é desconhecido.

Os policiais encontraram computadores próprios para a mineração de criptomoedas, possivelmente comprados com recursos do bicho, ao longo da Operação Deu Zebra.

No entanto, ainda há indícios de investimentos em criptoativos, que seguem ocultos, segundo o delegado Jeferson Costa, da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV/Deic), revelou ao Diário Catarinense.

Para ter a confirmação sobre esses valores eventualmente escondidos, a Polícia Civil aguarda respostas das exchanges, como são chamadas as plataformas digitais que operam a negociação de criptomoedas, onde o grupo teria investimentos. Se revelado o patrimônio oculto, os policiais poderão então contabilizar o valor.

Os criptoativos são representações digitais, em geral um código ou uma chave, que têm valor agregado. Apesar de não serem uma moeda com garantia estatal ou um bem físico, são considerados investimentos, podendo ser armazenados e comercializados, o que é uma atividade legal por si só.

Eles têm sido associados, no entanto, ao crime de lavagem de dinheiro pela facilidade de serem movimentados em grandes quantias e por favorecerem a privacidade das transações. O delegado Jeferson Costa afirmou já ter identificado outros casos parecidos de fraudes com criptoativos no Estado.

Entre os bens já sequestrados até aqui do grupo de jogo do bicho, estão 18 imóveis, 19 veículos e uma empresa que, segundo a polícia, era utilizada para lavar dinheiro ilícito. O bloqueio visa, segundo a Polícia Civil, sufocar financeiramente os investigados.

Com informações do NSCTotal

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