Política

Boeira fala expõe a ministro da Fazenda as dificuldades de trabalhadores e empresários

Deputado sul catarinense participou da Comissão de Finanças nesta quarta-feira (29)

Foto: Arquivo/Agência Câmara

Foto: Arquivo/Agência Câmara

Ao participar da Comissão de Finanças da Câmara Federal nessa quarta-feira (29), o deputado Jorge Boeira (PP-SC) falou ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre as angústias vividas por trabalhadores e setor empresarial nos últimos tempos. O deputado ressaltou as medidas provisórias que tramitam na Câmara e que mudam as regras para o seguro-desemprego, a pensão por morte e alteram a alíquota de contribuição patronal, que subirá de 1% para 2,5%. “O ministro da Previdência Social, em outros momentos que esteve nesta Casa, afirmou que a Previdência urbana é superavitária e, em 2014, teve saldo positivo de R$ 33 bilhões. Portanto, entendo que a alíquota de 1% está corretamente calibrada.”

Para o parlamentar, a mudança nas regras do seguro-desemprego não mudarão o panorama atual, de alta rotatividade entre os funcionários. “Isso não vai acabar com a rotatividade de funcionários nas empresas, principalmente naqueles postos com salários mais baixos. Nós não temos rotatividade em níveis elevados de escalas hierárquicas das empresas. Se temos problemas específicos, temos de trabalhá-los especificamente e não de maneira generalizada.”

Para que haja mudança real, é necessário exemplo do Governo Federal. Essa foi a principal tese defendida por Boeira. “Sentimos que o governo busca o equilíbrio fiscal, mas não vemos um gesto palpável. Até o presente momento, não vemos nada que reduza a sua estrutura administrativa”, explicou o parlamentar, completando que a redução dos ministérios é um dos pontos debatidos, mas que não deve ser o único.

Sobre a angústia empresarial, Boeira acompanhou o demonstrativo financeiro de diversas empresas em 2014. Algumas delas, faturaram quase R$ 50 milhões. “Mas, chegaram a pagar até R$ 15 milhões em impostos e acabaram com lucro de R$ 700 mil. Essa é a angústia do setor produtivo nacional que, observando toda essa conjuntura, vão buscar alternativas”, concluiu o deputado sul catarinense.

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Colaboração: Nícola Martins