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Bombeiro recebe medalha por bravura

Um dos destaques da solenidade de promoção de oficiais e praças do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), ocorrida ontem, em Florianópolis, foi um profissional de Tubarão. O soldado Edmar Feliciano de Oliveira, 39 anos, foi promovido a cabo por ato de bravura. E foi o único no estado agraciado com a medalha.

Em uma noite de fevereiro deste ano, o bombeiro impediu a tentativa de suicídio de uma jovem de 28 anos. Transtornada, ela subiu na torre de uma emissora de rádio, em Capivari de Baixo, com cerca de 20 metros de altura.

O cabo foi o primeiro a subir na estreita estrutura e reverteu a situação de risco de morte da vítima. Ele também colocou em risco a própria vida já que, naquele dia, ventava bastante e a torre balançava.

Além de sua rapidez e coragem, Edmar teve alto poder de psicologia para convencer a mulher a desistir de seu ‘plano’. A ocorrência repercutiu muito na cidade e, por meio de um decreto legislativo, os demais envolvidos no resgate também receberam, na época, título de honra ao mérito.

Conforme o comandante da 1ª companhia do 8º Batalhão de Bombeiro Militar de Tubarão, tenente André Corrêa Araujo, Edmar é um dos melhores profissionais da corporação e atua tanto como instrutor ou no combate. “Ele é impressionante, é destaque em várias áreas de atuação operacional, em incêndios, resgate veicular, atendimento pré-hospitalar, além, é claro, de ocorrências em altura”, exemplifica o comandante.

O bombeiro, que é de família de militares, tem 18 danos de profissão e também trabalhou em Braço do Norte.

Os riscos do resgate na torre

Conforme relatos do Jornal Notisul, no último dia 1º de fevereiro, por volta das 22h40min, a corporação do bombeiro militar de Tubarão recebeu uma ligação que solicitava apoio no atendimento da tentativa de suicídio de uma jovem de 28 anos. Ela subiu na torre de uma emissora de rádio, em Capivari de Baixo com o intuito de se jogar.

Uma equipe de três bombeiros foi ao local. Enquanto se equipavam a Polícia Militar tentava amenizar a situação com o uso de um megafone para comunicar-se com a vítima. Em alguns momentos, ela soltava uma das mãos da torre.

Antes de efetuar o resgate, a guarnição se reuniu para discutir estratégias de resgate, já que a torre era muito fina desde a base. Quando o cabo Edmar Feliciano de Oliveira, 39, subiu, a mulher já estava próxima da altura máxima.

E gritava palavras e frases que demonstravam seu total descontrole e transtorno mental. Além disto, as fortes rajadas de vento balançavam a torre.

No instante em que o cabo Edmar estava a três metros da mulher e começou a tranquilizá-la, ela soltou uma das mãos e lançou seu corpo para longe da estrutura. Foi quando ele agiu rápido até segurar o corpo da vítima e impedir sua queda.