Segurança

Boxeador suspeito de matar tia de ex-companheira se entrega e é preso em Araranguá

Mulher foi morta com golpes de barra de ferro. Em depoimento, homem alegou legítima defesa.

Foto: NSC TV/Reprodução

O boxeador suspeito de matar a tia da ex-companheira com uma barra de ferro, em Araranguá, foi preso após se entregar nessa terça-feira (5).

Na terça-feira, a Justiça havia autorizado a prisão preventiva de Claudinei Rodrigues Lacerda, de 37 anos, conhecido como Casca. Após se entregar, em depoimento, ele alegou legítima defesa, de acordo com o delegado Jair Pereira Duarte, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso – Dpcami.

“Ele fez uma construção de que estaria sendo agredido, apenas se defendeu. Disse que as duas vítimas partiram para agredi-lo, que o tio foi dar uma paulada nele, mas ele desviou e o tio acertou a mulher (tia)”, explicou o delegado. “Disse que havia uma terceira pessoa que não sabe quem é, mas nenhuma testemunha confirmou. Alegou que ficou lesionado. O médico não concluiu o laudo, mas adiantou que não havia lesões”, acrescentou.

A polícia aguarda vaga no sistema prisional para encaminhá-lo. “Pretendo indiciá-lo por quatro crimes: violação de domicílio, porque ele invadiu a casa da ex-companheira; feminicídio, porque ele matou a tia da ex. Essa tia foi quem criou, era como uma mãe para a sobrinha; tentativa de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) e ameaça, porque quando fugiu ele disse ao tio da ex que ia matá-lo”, detalha Duarte.

Crime

O crime ocorreu na madrugada de domingo (3). A sobrinha da vítima relatou à PM que o ex tentou invadir a sua casa, que fica no bairro Mato Alto. Então, ela ligou para a tia pedindo ajuda. Elenita Rosa Rodrigues, de 46 anos, acionou a polícia e seguiu com o companheiro para a casa da sobrinha, por volta da 0h. No local, o suspeito agrediu o casal com diversos golpes de barra de ferro e fugiu de carro, segundo a polícia.

Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para o hospital, mas Elenita morreu ao dar entrada na unidade. No hospital, a polícia colheu o depoimento do tio. “Essa vítima disse que só conseguiu sobreviver porque viu a luz de um carro e disse ao suspeito que estava vindo a polícia. Em seguida, o autor fugiu do local de carro”, disse o delegado que investiga o caso, Jair Pereira Duarte.

Outras agressões

A Polícia Civil, que investiga o caso, informou que a sobrinha já tinha registrado diversos boletins contra Casca e há cerca de 20 dias conseguiu uma medida protetiva. A ex-companheira mora com os filhos em uma casa no bairro Mato Alto.

Ela, que já havia sido agredida pelo ex, contou à polícia que foi atacada com a mesma barra de ferro usada para atingir os tios dela. “Tem várias passagens policiais, todas por agressões, inclusive por violência doméstica. Eu já tinha um inquérito contra ele. Em Sombrio, também tem um”, disse o delegado. “É o perfil dele ser violento. Há 20 dias, procurávamos por ele para interrogá-lo e encerrar o outro inquérito. Agora, ele negou aquelas agressões, disse que a ex-companheira inventou”, completou.

Quando fugiu do local da agressão no domingo, o homem levou a barra de ferro, que ainda não foi encontrada. O delegado deve colher novos depoimentos, pretende fazer a reconstituição do crime nesta quinta-feira (7) e concluir o inquérito em 10 dias.

Com informações do site G1 SC

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