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Busca por atendimento pode ser árdua

Em Tubarão, tem gente que até dorme na fila para conseguir atendimento

Os problemas enfrentados pela população para conseguir atendimento de saúde não são exclusividade de um ou outro município. Muito menos dependem do partido político que administra a cidade. Em Tubarão, em algumas comunidades os postos deixam a desejar e as famílias se viram como podem para conseguir atendimento.

Conforme matéria do jornal Notisul, a costureira Carolina da Silva, 25 anos, moradora da Guarda Margem esquerda, sentiu na pele esta dificuldade nessa quarta-feira (5). Preocupada com abscessos que saíram por todo o corpo do filho Maruan, de apenas 6 anos, resolveu levar o menino à unidade de saúde do bairro, mas voltou para casa sem conseguir ao menos uma autorização para fazer um exame de sangue.

“Cheguei ao posto às 5h30min e tinha mais 14 pessoas na minha frente. Mas eram 13 fichas para consulta e outras cinco para quem mora mais longe”, conta Carolina. “É um absurdo ir para a fila à meia-noite para conseguir uma senha. Tinha gente lá desde esse horário”, lamenta.

A família de Carolina voltou à unidade às 8h30min, com a esperança de que Maruan fosse encaixado nos atendimentos prioritários, já que se trata de uma criança. Porém, a enfermeira avisou que ele somente seria recebido pelo médico se apresentasse febre, o que revoltou Carolina, que gravou toda a conversa no celular.

O secretário de saúde da prefeitura de Tubarão, Daisson José Trevisol, concorda com a costureira Carolina da Silva de que febre não é quesito para atendimento de qualquer paciente. “Estou ciente de que às vezes as pessoas que trabalham nos postos são muito rígidas e não encaminham para o médico. Estou tentando mudar essa cultura, não pode ser assim”, avalia Daisson.

Descentralizar o agendamento e aumentar o número de consultas é o principal desafio, explica o secretário. “Não é uma questão a ser resolvida em curto prazo, é complexa. Melhorar a triagem é um dos caminhos”, salienta.

Sobre o problema do pequeno Maruan, filho de Carolina, Daisson ficou de conseguir atendimento médico para o menino.