Educação

Carnaval: Festejar o quê?

Foto: Divulgação

Fevereiro chegou e com ele a tradicional festa brasileira, adorada por muitos, indiferente para outros, pois diferente de tempos passados que o carnaval era tido como grande manifestação da cultura brasileira, hoje é uma verdadeira aberração humana, um verdadeiro espetáculo de obscenidade pela irresponsabilidade de pessoas que acabam levando ao mundo uma imagem deplorável do nosso país.

Defendem os adeptos aos festejos e os que economicamente saem fortalecidos, que o carnaval serve para comemorar a liberdade, esquecer os problemas, festejar, brincar… Mas, o que hoje se vê é libertinagem, é promiscuidade, drogas, sexo, uma verdadeira degradação do ser humano, um mau exemplo para a sociedade, atitudes que nos colocam perante o mundo como um povo promíscuo, hipócrita, ignorante que se preocupa com futilidades e fica indiferente aos problemas mais sérios pelos quais o país está passando. Teríamos, como verdadeiros patriotas, motivos para parar o país por cinco dias para festejar não se sabe o quê?

Há o argumento de que o carnaval movimenta a economia, mas será que o custo-benefício é compensador? Não conheço nenhuma pesquisa que comprove: o gasto de energia, o consumo de água, as toneladas de lixo lançado no meio ambiente, dinheiro público investido, gastos com a limpeza das cidades e com infraestrutura das mesmas etc.

Pergunta-se ainda, se não tivesse carnaval: Quantos crimes teriam sido evitados? Quantas crianças e adolescentes não seriam explorados sexualmente? Quantos hospitais deixariam de disponibilizar espaços e medicamento para curar bebedeiras e atender vítimas de acidentes de trânsito causados por inconsequentes? Quantos policiais poderiam ser colocados a mais nas ruas para evitar assaltos, assassinados de inocentes, fuga de bandidos das cadeias? Quanto os cofres públicos (dinheiro nosso) poderiam investir para o bem-estar da sociedade?

É preciso que não esqueçamos que um país parado durante cinco dias gera perda de produtividade, trazendo prejuízos à nação. Também é no carnaval que o número de mortes de inocentes nas estradas bate recorde por causa do álcool, drogas e irresponsabilidade na direção. É um período de incentivo à imoralidade, desrespeito à figura da mulher, exploração sexual, adultério, brigas, proliferação de doenças, gravidez indesejada, aborto, estupro, consumo excessivo de drogas, depredação de patrimônio público, corrupção…

O Brasil tem hoje milhões de desempregados, escolas aos pedaços, hospitais sem assistência, famílias passando fome, cadeias superlotadas, bandidos aos montes nas ruas, justiça falha, impunidade, políticos corruptos… É difícil entender como a população consegue num piscar de olhos, esquecer-se de tudo e mergulhar numa festa desenfreada, como se nada estivesse acontecendo. E, enquanto a festa aqui fora acontece, as falcatruas continuam lá; denúncias aumentam em torno da alta cúpula deste governo podre que aí se instalou.

Mas, o povo continua feliz, porque na terra do carnaval e do futebol ao povo basta “pão e circo”, como dizia o Imperador de Roma.

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