Cultura

“Carta de Urussanga” cobra mais atenção e investimentos em cultura

Foto: Renan Medeiros

Foto: Renan Medeiros

O Fórum Catarinense de Gestores Municipais de Cultura encerrou com a elaboração da “Carta de Urussanga”, um documento que será encaminhado aos representantes dos poderes Legislativo e Executivo dos municípios, do Estado e da União.

A Carta de Urussanga é o resultado de todos os debates que ocorreram no Fórum e representa as medidas que, segundo os participantes, precisam ser tomadas para o desenvolvimento da cultura.

Entre os encaminhamentos necessários apontados pelos gestores, estão a mobilização para a aprovação da PEC 421, que garanta um orçamento mínimo para a cultura – 2% por parte da União, 1,5% por parte dos estados e 1% por parte dos municípios.

“Nós precisamos ser mais incisivos nas nossas exigências. Alguns dos encaminhamentos estão sendo repetidos desde a Carta de Fraiburgo (onde foi realizada a primeira edição do Fórum) e ainda não tivemos resposta”, argumentou o assessor técnico da Fundação Cultural de Navegantes, Marcos Montagna. A Carta de Urussanga cobra, ainda, a criação de uma Secretaria de Estado de Cultura e pede aos municípios que ainda não aderiram ao Sistema Nacional de Cultura que tratem dessa questão como prioridade.

Atendendo a uma sugestão feita pela assessora de Turismo e Cultura da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Raquel Rodrigues, o documento também será encaminhado às lideranças políticas estaduais e municipais do Rio Grande do Sul e do Paraná.

Urussanga se despede do Fórum Gestores de Cultura

Encerrou nesta sexta-feira, em Urussanga, a quinta edição do Fórum Catarinense de Gestores de Cultura. No último dia, os participantes assistiram à palestra do mestre em Gestão de Políticas Públicas Alexandre Alves, sobre o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil. Depois, foi empossada a nova diretoria do Fórum, lida a Carta de Urussanga, definida a sede da edição de 2016. Os participantes ainda visitaram os principais pontos de Urussanga.

O prefeito anfitrião, Johnny Felippe, se disse satisfeito pela oportunidade concedida ao município em ser sede da quinta edição. Na disputa entre Bombinhas e Chapecó para ser a sede do evento em 2016, ele se manteve neutro, mas não escondeu a preferência. “Torci para dar empate. Quem sabe assim Urussanga poderia sediar outra vez”, brincou.

Chapecó será a sede em 2016

O município de Chapecó venceu a disputa frente a Bombinhas por 66 votos a 43 e será a sede da sexta edição do Fórum, que será realizada no ano que vem. “Chapecó representa todo o Oeste catarinense e merece sediar a sexta edição. Nós nos propomos a tomar a frente nas discussões sobre cultura em Santa Catarina e participamos ativamente de todas as edições do Fórum até aqui”, afirmou a secretária municipal de Cultura de Chapecó, Roselaine Vinhas.

O argumento usado por Bombinhas foi o fato de o município já contar com estrutura para receber os participantes do Fórum, uma vez que é um destino turístico já tradicional.

Colaboração: Renan Medeiros