Segurança

Caso de garota

“Ela inventou toda a história e ficou durante os quatro dias, na casa de amigos", disse o delegado.

O caso envolvendo uma adolescente de 14 anos que disse ter sido sequestrada e mantida por quatro dias em cárcere privado foi descoberto pela Polícia Civil como sendo uma farsa. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Márcio Campos Neves, três jovens e um adolescente, este namorado da menina, prestaram esclarecimentos na manhã de sexta-feira na Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso, em Criciúma.

“Ela inventou toda a história e ficou durante os quatro dias, na casa de amigos dele, que moram sozinhos, e também dormiu um dia na casa dele após uma festa. Inclusive, a garota pediu para que um deles atendesse a ligação da família e pedisse recompensa para despistar com medo de punição. Quando eles notaram que a polícia estava atrás dela, por meio da imprensa, foi orientada a voltar para casa”, relata a autoridade policial.

Quatro dias longe de casa

A menina desapareceu na quinta-feira da passada quando saiu do Bairro Renascer. Ela pediu para um dos amigos do companheiro, que a deixasse, na segunda-feira, no Bairro Pinheirinho, para que ir embora. Foi então que, ao avistar uma viatura da PM, contou a história irreal. Militares a levaram para casa, de onde, foi com a mãe à delegacia contar que tinha sido sequestrada. Disse ainda que estava em cárcere privado, em um quarto em uma casa no matagal, e todos estavam armados e encapuzados.

“Suspeitamos da ação desde o início, pelo baixo poder aquisitivo da garota. Porém, nesses casos até que não é provado ao contrário, ficamos apurando até o desfecho. Uma pessoa que fica quatro dias sem beber, nem comer, no mínimo iria desmaiar. Os rapazes, exceto o namoradinho dela, possuem emprego fixo. Eles não serão penalizados. Já ela vai responder por falsa comunicação de crime. É um absurdo, a polícia lotada de casos graves para resolver, com o efetivo reduzido, e tem que ir atrás de um crime que nem sequer existiu. Ela fez um ato extremamente danoso à sociedade ocupando um órgão do Estado com inverdades”, desabafou a autoridade policial.

A Tribuna