Saúde

Casos de dengue no estado preocupa agentes da saúde em Araranguá

Três focos do mosquito foram encontrados na Cidade das Avenidas no mês de janeiro. Apesar de ainda estar livre da doença, aumento dos casos preocupa coordenação municipal de controle da dengue

Foto: Felipe Balthazar / Sul in Foco

Foto: Felipe Balthazar / Sul in Foco

Os números de casos de dengue em Santa Catarina têm acendido um alerta em todo o estado. E em Araranguá não é diferente. Foram encontrados três focos do mosquito e um morador foi diagnosticado com a doença durante o mês de janeiro. Dados que trazem um importante lembrete para a população: é hora de nos unirmos para evitar que a situação vire uma epidemia.

Conforme o coordenador do Programa de Controle a Dengue de Araranguá, Joelcio Anastácio, no dia 26 de janeiro foi encontrado um foco em um armadilha, no bairro Sanga da Toca. No dia 27, em outra armadilha, foi encontrado um foco no bairro Vila São José e no dia 28, novamente no bairro Sanga da Toca, foi encontrado outro no lixo industrial de uma oficina de carroceria de caminhões. “Chegamos a este último, devido ao trabalho de delimitação na área onde foi encontrado o primeiro foco”, explicou o coordenador.

Apenas neste ano, foram encontrados 55 larvas na Cidade das Avenidas. Apesar dos números serem menores, do que comparado com os anos anteriores, Anastácio alerta para o fato de o mosquito estar na cidade. “Mas o que nos tranquiliza é não ter sido registrado nenhum caso da doença, contraída aqui no município”, afirmou.

O único caso registrado foi de um caminhoneiro, que contraiu a doença em outra cidade. Recentemente, foram confirmados 104 casos de dengue em Santa Catarina, o que deixa temeroso o coordenador. “Há três anos, nosso estado era livre da doença autóctone. E este ano muitos casos estão surgindo, o que aumenta a chance dela chegar à Araranguá”, preocupa-se.

Autóctone é o termo usado pelos agentes de saúde, quando a doença é adquirida dentro do próprio estado, ou local em que se habita. E com o carnaval chegando, o número de pessoas viajando pelo litoral será crescente, o que pode contribuir para que a doença se espalhe ainda mais pelo estado.

“Para quem vai viajar, não temos uma orientação específica para ressaltar. Mas como dica, eu saliento que pode ser usado repelente, para quem quer ter uma proteção contra o mosquito, quando estiver em outra cidade”, pontuou Anastácio.

O mosquito, ainda conforme a coordenação de Controle a Dengue, está mais presente no início da manhã e no fim da tarde. Para evitar que a situação atual vire uma epidemia, inclusive no Vale do Araranguá, os moradores, e principalmente proprietários de oficinas, borracharias e ferro velho, devem deixar os recipientes, e pneus, sem água acumulada. “E após tirar a água parada, sempre fazer a limpeza do recipiente, pois o ovo do mosquito não pode ser visto a olho nu”, explicou Anastácio.

Cuidados

Em Araranguá, a equipe de Controle a Dengue inspeciona semanalmente 230 armadilhas, espalhadas pelos bairros da cidade. Além de inspecionar outros 80 pontos estratégicos. O ciclo de desenvolvimento de vida do Aedes Aegypti, nome cientifico do mosquito da dengue é de 30 dias. Durante este período, a fêmea pode colocar até 450 ovos.

Tudo isso faz com que fique o alerta à população de que os cuidados essenciais sejam feitos, para assim, todos estarem livres dos riscos da doença.